sexta-feira, outubro 14, 2005

Um dia para esquecer

Há dias em que não devíamos mesmo sair da cama. Ontem havia reunião, era a minha vez de apresentar o meu trabalho aqui no laboratório. Como tinha minipreps para fazer queria chegar cedo para as acabar e digerir os plasmídeos antes da reunião. A Amy ia para San Diego, o Scott ia levá-la ao aeroporto e por isso ofereceu-se para me levar à Universidade. Óptimo, ia chegar mais cedo ao laboratório. A Amy tinha de estar no aeroporto às 8:10; saímos de casa às 8:15. A caminho do aeroporto apanhámos um trânsito monumental, a Amy procura no mapa um caminho alternativo para o aeroporto. Passamos pela Greg St., “No, its not than one!”, continuamos em frente, em fila, até que o Scott vê que a rua onde quer virar é mesmo ali à frente. O trânsito está quase parado, resolve, então, ultrapassar todos os carros pela direita, pela berma! Ao virar para a estrada que nos ia levar mais depressa ao aeroporto é mandado parar por um polícia. Para além da infracção cometida, o seguro estava fora de prazo. O polícia mandou o Scott procurar o actualizado, enquanto isso mandou parar outros carros e passou outras multas. Voltou 10 minutos depois! A Amy não conseguiu encontrar a carta com o novo seguro. Foram multados pela transgressão e obrigados a comparecer em tribunal para apresentar o seguro. Entretanto eram quase 9:00. O Scott perguntou ao polícia o caminho mais rápido para o aeroporto, “Turn left on Terminal St.” (a rua que começa onde a Greg St. acaba!). A Amy conseguiu apanhar o seu avião e eu, finalmente, cheguei ao laboratório. Boa notícia: afinal não tive de fazer minipreps. Má notícia: não tive porque as minhas células, tal como as do Jeff, da Amy e da Yoshimi, não estão a crescer em meio líquido, só crescem em placa!? Para além disto tive mais um mau resultado; a reunião não correu como eu queria; preciso mesmo de contactar uma pessoa e o telefone que me deram está errado; e já apanhei dezenas de choques. Enfim, um dia para esquecer. Este texto é só para me lembrar, em dias menos bons, que o dia pode sempre correr pior.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi cláudia,

É...quando achamos que as coisas já estão mal, às vezes há sempre maneira de elas correrem pior.
Não te esqueças que só servem para mais tarde nos rirmos delas.

Beijinhos