sexta-feira, março 31, 2006

0:57

É tarde, muito tarde. Entrei antes das 8, era ainda dia 30, vou sair daqui a pouco, já dia 31. Faltam 17 dias para me ir embora. Quero que o tempo passe devagar, muito devagar.

quinta-feira, março 23, 2006

Contrasenso

J1, já o tenho, e, no entanto, estou quase a ficar sem ele.

quarta-feira, março 22, 2006

emBAIXAda

Hoje fui à Embaixada dos USA, requerer um J1. Sem ele não posso voltar pelo período que preciso para acabar o Doutoramento, que me ocupa a cabeça e o tempo. Já fui uma miúda profundamente entusiasmada com o meu trabalho, agora nem por isso. A Embaixada é um sítio imponente. Sentimo-nos pequeninos com os seguranças com armas “pesadas” a olharem para nós enquanto um outro nos revista. Perguntava-me, enquanto esperava pela minha vez, o que é que realmente me fazia estar ali àquela hora da manhã, se eu até nem quero sair de Portugal e voltar para lá, tão longe. Pensar na lista de coisas que tenho para fazer em cima da bancada ajudou-me a perceber – tenho de acabar o dito, o Doutoramento. Depois de entregar a “papelada” espero mais algum tempo. Durante esses mais de 30 minutos sou bombardeada com perguntas por um comissário de bordo que tambem lá estava a pedir um visto. Olhou para o folheto que falava sobre o Hawai e disse: umas férias aqui é que era! Pois era! Sorri. Partilhámos o gosto pelas viagens e ambos nos prometemos que ainda haveríamos de conhecer o mundo que nos rodeia. Ele quer conhecer toda a Europa, eu quero conhecer o resto. Por fim, sou chamada para a “entrevista”, respondi às perguntas sem problemas. Disseram-me que me dão o visto amanhã. Já quase não tenho argumentos para adiar a viagem, mas ainda há um, uma experiência muito imprtante que tem de ser feita cá. Agarro-me a ela como as crianças se agarram aos dedos dos adultos. A necessidade de proximidade física é algo que nos vem de criança. Sinto-a como nunca a senti antes.
Escrevi hoje porque quase sempre o faço quando tenho muitos pensamentos a ocuparem-me em demasia. Hoje não estou bem. Sinto que devia de estar de baixa.

segunda-feira, março 20, 2006

Azul

Ontem fui à Ericeira. O mar estava agitado, muito agitado. A sua cor não era azul, pelo menos não junto à costa, que para lá para o fundo a cor era a de sempre. Vi-o com outros olhos, com os olhos de quem consegue ver azul onde ele não existe. Com olhos de quem sorri mesmo diante de um mar tempestuoso. A Ericeira já tinha um lugarzinho no meu coração, ontem, por razões que não se explicam, ficou gravada para sempre. Já tenho saudades dela, adivinhando os dias de separação que aí vêm. Está para muito breve, breve demais, o dia em que Reno vai substituir Lisboa no canto superior direito.
Obrigada pela surpresa. :)