terça-feira, dezembro 16, 2008

Talk

Hoje, pela primeira vez, dei uma talk e gostei.

domingo, dezembro 14, 2008

Ai, ai, que só me queixo... não pode ser, até porque daqui por pouco mais de uma semana estou em Portugal :) E pensar que isto me faz tão Feliz.

O que me dá para fazer sozinha em casa

Ele foi trabalhar de tarde, eu passei pelo meu instituto (menos de uma hora), e agora, sozinha em casa, fui pôr pão no forno e comi-o, quase todo, ainda quente, com manteiga. Adoro pão quente e detesto estar sozinha em casa sem ele.

O que me passa pela cabeça num domingo à tarde sem Sol

Para além da técnica do meu laboratório, que tem uns 40 e tal anos, eu sou a única mulher naquele laboratório cheio de homens, e tenho a dizer que não gosto nada. Sempre gostei de estar sozinha no laboratório, agora mais do que nunca. E pronto, era mesmo só isto. Isto e dizer que o tempo ontem e na sexta-feira esteve detestável (chuva e muito vento), hoje está melhor, mas não há Sol. Já aqui disse que nao gosto da Escócia? Acho que sim, mas caso haja dúvidas, aqui fica a confirmação. Não gosto. Não vivo contrariada, nem ando sempre a pensar nisso, mas quando penso, penso sempre igual.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Busy these days

Os dias passam rápido e, embora aconteçam relativamente poucas coisas, não tenho muito tempo livre. O maridinho (em itálico) anda a trabalhar até tarde e eu a divertir-me na cozinha a preparar comidinhas (ontem foi bifes de cebolada, que ficaram bem fixes).

Pela primeira vez na minha vida tenho e-mails atrasados e tem-me sido difícil ser uma amiga presente, e só vejo tendência a piorar. O que é bom nisto tudo é que quer dizer que tenho uma vida preenchida, não só de trabalho.

Hoje mudámos a disposição das nossas secretárias no write-up room e agora tenho uma rapariga à minha frente que tem muita bonecada para o meu gosto (tenho patos, ursos, tartarugas, a estátua da liberdade, e muito mais, especados à minha frente… de costas). Enfim, tem o Mickey, e só por isso está perdoada.

Mas… a minha resolução de Ano Novo, que por ser tão importante já começou a ser posta em prática, é não dizer mal de ninguém e como tal, acabou aqui o mal dizer. Acaba a seguir, que tenho de dizer que, embora esteja no instituto com mais segurança em que alguma vez estive, este meu laboratório é aquele em que me sinto menos segura e não mexo em nada sem luvas. Acho que está tudo contaminado com tudo, mas principalmente brometo de etídeo, esse elemento tão querido dos laboratórios de Biologia Molecular.

Hoje vou inventar um jantar com frango, brócolos, cogumelos e natas. A acompanhar, puré de batata.

Amanhã tenho o almoço de Natal do laboratório, num restaurante turco. A ver se gosto. Amanhã digo.

domingo, novembro 30, 2008

Curtas

Ontem fui ao International Street Market na companhia de uma portuguesa, uma espanhola e um holandês. Havia uma tasquinha portuguesa com bacalhau e pastéis de nata, mas comemos salsichas alemãs, paella e churros espanhois. Quase congelámos com o frio (vários graus negativos, de certeza). A tarde foi passada no café de uma livraria, até ser hora de jantar. Falámos, falámos e falámos, de tudo e de nada. Foi uma tarde bem passada. A repetir.
Hoje fomos às compras. Mas não foram umas compras quaisquer porque foram pagas com o meu primeiro salário. Já tive um antes, mas não era assim a sério. Senti-me mais crescida :)
Durante a semana vão acontecendo coisas engraçadas, que me ocorre relatar aqui, mas depois vou-me esquecendo e acabo por não ter nada de muito emocionante para dizer. Quando me habituar ao frio que me gela as orelhas mesmo debaixo do chapéu, prometo ser mais regular. Agora vou trabalhar um bocadinho. Sim, é domingo, mas a vida de cientista é mesmo assim.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Rápidas

Já nevou, já choveu, mas hoje fez sol :)
Na sexta-feira e no sábado nevou bastante e, embora estivesse frio (mesmo frio!), lá fui até à praia... tinha de ver neve na areia. Que fixe! (fotos mais tarde que a minha internet em casa e no instituto anda pelas ruas da amargura). Almoçámos num restaurante à beira-mar, com uma bela vista para o mar ameaçador...
O Domingo passou-se em casa e estive mal disposta.
Comecei a trabalhar no laboratório a tempo quase inteiro e já me vou desenrascando com o "bicho" novo com que trabalho.
Hoje fui ao Induction Event, uma sessão de boas-vindas para os novos empregados (ah, pois, que agora sou empregada e tenho um horário), que envolveu um passeio guiado pelo campus antigo da Universidade. Interessante.
Conheci uma portuguesa que veio aqui fazer umas experiências. Eu que até não gosto do espírito de me juntar aos outros portugueses só porque somos todos de Portugal (mesmo que no nosso país jamais nos viessemos a falar...) até gosto de estar com esta Bracarense.
Continuo a adorar cozinhar e nem me importo que ele chegue tarde e não me ajude (ontem e antes de ontem veio tarde e trouxe-me flores para compensar. So sweet :)
Fico-me por aqui que o arroz já está pronto e a carne só precisa de ser aquecida. Por falar em comida, estou viciada em cogumelos (frescos), passo a vida a fazer comida com eles. Ainda dentro do mesmo tópico, reinventei uma entrada, pão de alho. Sim, não é completamente original, mas a forma rápida e prática de o fazer é-o (acho eu!). Cortem fatias bonitas de um pão bom (o que por aqui é tarefa praticamente impossível), barrem com manteiga (aqui uso a fantástica "I cant't believe it's not butter", que já usava nos USA), polvilhem com alho em pó e com oregãos secos. Levem ao micro-ondas por uns segundos e já está, uma entrada simples, mas saborosa e atraente.

terça-feira, novembro 18, 2008

Novidades da terra dos kilts

Tantas coisas novas a acontecer e eu sem vir até aqui.

Na primeira semana fiquei em casa, com imenso tempo para escrever, mas com uma preguiça enorme. Confesso que estive meio em choque (ainda estou). Está a custar-me um bocado habituar-me a isto. Isto é o país, o tempo, a luz, as pessoas, a casa (temporária), ao novo emprego, enfim, à vida na Escócia.

Agora estou em fase de habituação activa, tem de ser, não há tempo para claudicar.

O instituto
A minha casa fica a uns 10 minutos do instituto onde trabalho. Que é “tão” fixe. É que uma pessoa sente-se mesmo importante por trabalhar lá. Não gosto muito do meu laboratório, mas o resto do instituto é mesmo fixe e até consigo desvalorizar a minha bancada pequenininha. Até agora ainda só li coisas e planeei trabalhos [desde que escrevi isto já fiz um PCR…]. Já tenho um caderno de laboratório oficial (tão giro!), mas ainda está vazio [já não está]. O horário é das 9:00 às 17:00. Claro que não é bem assim, mas vou fazer para que não se estenda muito mais.
Tenho uma secretária, um cacifo, e um cartão magnético, para abrir as portas (todas as portas têm de ser abertas com um cartão e todas são portas anti-fogo). O instituto tem 7 pisos, o meu laboratório fica no 2, o write-up room fica no 3, a sala de seminários fica no 7 e tem uma vista extraordinária para a cidade e para o Mar do Norte.
Os meus colegas de grupo são dois rapazes e uma técnica, até gosto de um (o inglês), não gosto dos outros dois (o luxemburguês e a escocesa; 66%...). Gosto do meu chefe.
Nunca almocei uma única vez com eles, não aceitei o convite para os chás a meio da manhã e não me inscrevi para ir à festa de Natal do instituto… acho que assinei a minha declaração de anti-social. No entanto, dou-me muito bem com um grupo enorme de gente de outro laboratório, com quem simpatizo bastante (nacionalidades espanhola, chilena, mexicana, grega, holandesa, escocesa, alemã, indiana,…).
Há muito mais para dizer mas fica para outros posts.

A cidade
A capital europeia do petróleo e do granito é uma cidade cinzenta. Embora eu teime em não acreditar a cidade é perigosa, os índices assim o confirmam.

O tempo
Está tudo quase sempre molhado, há quase sempre vento, já que estamos junto ao mar, mas como recompensa oiço as gaivotas de manhã e isso anima-me, lembra-me a minha Ericeira.
Anoitece antes das 17:00 [agora é mais pelas 16:00].

A casa
A casa tem aquecimento e vidros duplos o que é bastante confortável. Não se ouve praticamente barulho nenhum no exterior e para além disso a rua da frente só tem um sentido e serve essencialmente para as pessoas que moram aqui, atrás há um jardim comum, e por detrás um condomínio privado. É estranhamente silencioso, mas é bom.

A vida… a dois
Já tinha experimentado antes, mas sempre em situações pouco convencionais. Agora temos uma vida normal, ambos saímos de manhã para ir trabalhar e ao fim do dia estamos ambos meio cansados, mas nem por isso ficamos rabugentos.
Descobri que adoro cozinhar, embora não tenha tido grande tempo e continuo a adorar passar a ferro…


Coisas soltas
No primeiro dia perguntaram-me “So, your husband works at […]?”, meio estupefacta com a pergunta respondi que sim. Embora não use aliança há quem pense que sou casada e isso é algo de muito curioso.
Bebe-se mesmo muito chá por aqui. Também se bebe muito, ponto final.
Grande parte das escocesas tem rosácea.
Não percebo quase metade do que um escocês diz (não percebo mesmo!). Então se for uma pessoa assim mais rural é o fim.
A maior parte das vezes parece-me que os carros estão a ser conduzidos por ninguém, já que olho para o banco esquerdo e não está lá ninguém. Ainda assim, já me habituei a atravessar as ruas olhando primeiro para a direita, se bem que não resisto a voltar a olhar para a direita quando já estou na faixa em que os carros vêm da esquerda (não vá lá vir alguém enganado…).
Raramente abri o chapéu-de-chuva, convicta de que esta chuvinha não molha grande coisa e a minha gabardine é muito linda e não deixa passar nada.

Faltam muitas coisas, mas acho que me fico mesmo por aqui que não estou muito inspirada e tenho montes de trabalho. A semana que vem [esta semana!] vai ser muito, muito puxada, com duas espécies de talks e uma reunião de um dia com gente das matemáticas que vem de Leicester.
A ver se arranjo fotos e se venho aqui mais vezes.

Nota final
Que os meus colegas britânicos não vejam isto, mas prefiro os Estados Unidos mil vezes ao UK.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Despedidas

Hoje foi dia de despedidas, com direito a bolo (um original da Sofia) e ao clássico postal, cheio de mensagens calorosas. Valente, não chorei.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Bem, assim de repente acho que já 'desbobinei' a maioria das novidades:)

O que eu gosto que "desbobinem" novidades das boas. :) Felicidades :)

Entusiasmo

Quanto mais penso no meu novo projecto mais me entusiasmo. É que é mesmo interessante. Até pode nunca dar em nada, como tantos outros, mas pela primeira vez vou estar a trabalhar em algo com uma aplicação na área da medicina e a ideia agradamente particularmente. Também confesso que estou um bocadinho nervosa, porque vai ser quase tudo novo para mim.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Ponto de viragem

Ainda não o disse aqui, mas vou dizendo-o por aí. Vou sair de Portugal. A viagem está marcada e é só de ida. Rescindi do meu contrato aqui e assinei um lá. Lá é na terra do scotch. O meu mais que tudo está lá à minha espera. Se não fosse por ele jamais ia parar àquele país, que me desculpem os escoceses que, segundo me vão dizendo, até são gente simpática. O problema é que esta gente conduz do lado errado da estrada, passeia na praia de casaco vestido em Agosto, tem aquecimento em todas as divisões da casa, e acende as luzes muito cedo, tal como o Sol, que se apaga cedo demais. Não sei se vou gostar, mas vou esforçar-me, por isso já comprei a tal da gabardine e ando a namorar galochas. E depois, ele está lá, e onde ele está é onde eu quero estar. Eu vou para lá e as saudades vão comigo. Isso e umas quantas caixas que seguem por correio. A minha vida empacotada segue para lá.
Quando fui para os Estados Unidos prometi o relato da vidinha por lá (foi, aliás, por isso que este blog nasceu), agora fica prometido o relato da aventura na Escócia, desta vez a dois.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Ando descontente com o template deste blog. É verdade que já lhe achei piada, mas agora acho-o assim sem sal. O que é chato é que dá algum trabalho mudar de template, porque nunca gosto dos templates originais e mudo sempre coisas.
O que eu queria mesmo era pôr uma foto no cabeçalho, mas não sei como é que isso se faz...

quarta-feira, outubro 08, 2008

sábado, setembro 27, 2008

Bienvenue chez les Ch'tis

Quero tanto ver este filme do Dany Boon.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Amiga

É aquela pessoa com quem podemos não nos encontrar durante meses seguidos, mas que quando reencontramos é como se estivéssemos estado juntas no dia anterior, a cumplicidade está toda lá. Talvez tenhamos mais coisas para contar, mas a verdade é que mesmo quando estávamos juntas todos os dias falávamos que nos fartávamos.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Descoberta ecológica

Sabem aquelas torneiras de casa de banho pública que se ligam carregando? Pois bem, hoje descobri como se desligam. As de lá da faculdade ficam activas durante mais tempo do que o necessário, pelo que a descoberta vai ajudar a poupar uns litros de água, sem, claro, comprometer a higiene.
Já agora, aqui fica o truque, que é delirantemente original, roda-se para a direita, tal qual uma torneira normal (não sei se se aplicará a todas as torneiras com este sistema).
Não questionem a utilidade deste post, porque este é um blog ecológico.

sábado, setembro 20, 2008

True

...with a million dreams, one or two are bound to come true.

Porque as imitações podem até suplantar o original.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Lucky - a música do momento

Jason Mraz featuring Colbie Caillat

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

quinta-feira, setembro 18, 2008

Ponto da situação

Enquanto me dava boas notícias a médica disse-me, “O seu débito de palavras diminuiu, já não tem tantas coisas para dizer.”. Os meus motivos também.
Em 3 dias, 3 consultas e 3 exames, só boas notícias.
A trigonite é crónica, mas a minha vida não tem de se reger por ela.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Tal como Mr. Collignon

Mr. Collignon é o dono da mercearia a quem a Amélie Poulin pregava partidas. Lembram-se? Pois, eu sinto-me como o pobre Mr. Collignon, é que todos os dias o meu banco do laboratório está mais alto do que o deixei no dia anterior. Bem sei que deve subir sozinho, mas fico sempre com a sensação de que andam a pregar-me essa partida. Não serei eu que estou mais baixa a cada dia que passa?

segunda-feira, setembro 15, 2008

Em parte incerta

Tinha arranjado coragem para cortar o cabelo curto, mas essa agora anda em parte incerta. E o problema maior é que a minha cabeleireira, ao contrário do que costuma acontecer, não quer cortar-me o cabelo mais curto. Acho que não vou mudar nem de cabeleireira nem de corte.

domingo, setembro 14, 2008

Sapinho

Temos cá em casa um novo habitante bem simpático :)

sexta-feira, setembro 12, 2008

3º Aniversário


Faz hoje 3 anos que criei este blog. Está aqui parte de mim. As outras partes estão comigo, com ele, com a família, com os meus amigos, com os conhecidos, com quem partilhei circunstâncias da vida. Eu acho piada aos blogs (mas sem uma exposição demasiada), e rejeito as críticas que lhes fazem. Este é para ir mantendo, no seu registo tão próprio, sem tema, sem presunções, mas sempre pure crystal clear.

quinta-feira, setembro 11, 2008

JFH

I consider my job a success if I can help you find a future that you enjoy.
O autor desta frase é o mesmo das anteriores, o meu apreço por ele é que é ainda maior. Só me apetece lá ir ter com ele e dar-lhe um abraço.

terça-feira, setembro 09, 2008

Thank you so much

As palavras que me enterneceram:

What is important is that you find the opportunities that allow you to grow and be happy.
...
In the end, I’m here to support you, not the project.

domingo, setembro 07, 2008

Mamma mia!

É um filme a ver (desde que, claro, não se odeie os ABBA e musicais). Ri-me imenso e, confesso, chorei como não chorava há muito tempo a ver um filme!

Histórias de Amor

A propósito de uma outra história que não minha, lembrei-me das vezes que achei que tinha encontrado o Amor da minha vida… mas sabia lá eu o que era o tal do Amor. Enganei-me duas vezes, mas acertei à terceira. Espero que dure para sempre. [Falando nele, acabou de aterrar. Não aqui, aliás, aterrou bastante longe daqui, mas está em terra e acabou de receber a minha mensagem. Daqui a pouco recebo a dele.] Mas voltando ao assunto do post, amores há muitos, alguns pelo menos; agora Amor, Amor há só um. Saberás com certeza absoluta quando o encontrares. É que é mesmo mágico. Sim, estou a escrever para ti. :)

sexta-feira, agosto 29, 2008

7:47

Às 7:47 (sinceramente não sei porque venho tão cedo para o laboratório) em frente à central dos seguranças da faculdade:

- Bom dia, precisava que abrissem a sala 2.1.48.
- Quem tem a chave são as senhoras da limpeza (responde a senhora segurança).
- Sim, mas elas não estão lá, já as procurei (as senhoras até já me deixam a porta aberta, mas hoje esqueceram-se, ou nem sequer cá vieram).
- Sabe, é que a esta hora é hora de limpar as salas. As salas têm de ser limpas.
- Pois, mas as salas estão fechadas e não está ninguém a limpá-las.
- Então, pode ir para lá que já vão abrir a porta.

Contra factos não há argumentos. E com isto encerro a questão das senhoras da limpeza e das portas fechadas.

quinta-feira, agosto 28, 2008

RC

Façam este teste e preparem-se para se emocionar no fim.

quarta-feira, agosto 27, 2008

De chita ao ombro

O saco da foto tem anos, tantos que me é difícil lembrar quantos. Foi a minha avó que o fez com um tecido que eu escolhi (chita portuguesa) e comprei na loja de tecidos mais bonita que conheço, na Ericeira. Hoje, um saco quase igual, mas sem direito a forro e bolsinhas a condizer :) custa vários Euros (à venda, por exemplo, na loja da Rosa Pomar ou na A vida portuguesa). Este ano voltei a usá-lo no Verão e o meu namorado até reparou nele, perguntou-me se o tinha comprado antes de irmos de férias. Não, não foi o caso. Já o tinha, desde o preparatório.
Agora o padrão é outro, escolheu-o a minha avó, e lá vai sair mais um saco de Verão de chita.
Para o ano há mais idas à praia de chita ao ombro.

Indignação

Ontem foi a segunda vez, no espaço de 2 semanas, que chego ao laboratório e tudo o que é amovível do chão está algures em cima de bancadas e secretárias (um pé da cadeira estava mesmo dentro do alimentador de papel da impressora). Ontem fiquei tão irritada, que nem reparei que, tal como da última vez, as coisas saem do chão, mas o chão não é efectivamente limpo. O que me tirou do sério foi ver o recipiente do lixo contaminado com brometo de etídeo (que é cancerígeno, para os que não sabem, como elas) em cima de um monte de géis de electroforese que estavam a secar em cima de uma bancada. Há que ter o mínimo de bom senso e estas senhoras não o têm. É assustador imaginar o como tudo deve estar contaminado com alguma coisa. Mas não são propriamente as senhoras as culpadas, são outros os órgãos competentes que, em última instância, são os responsáveis pelo mau serviço prestado pela empresa contratada. E pronto, já que no mês de Agosto tenho tido como maior companhia as senhoras da limpeza, vou abster-me de fazer mais queixas (mas que as há, há).

quinta-feira, agosto 21, 2008

En tus brazos

Apaixonei-me por esta animação:

http://www.entusbrazos.fr/
ou
http://www.youtube.com/watch?v=3PU5Tsx36E0

sexta-feira, agosto 15, 2008

Perdida

Ontem perdi a minha pulseira preferida. Que tristeza.
Comprei-a em NYC há mais de dois anos atrás.
Nem consigo percorrer o caminho onde acho que a perdi, porque foi num sítio que não conheço, e nem assim deixo de acreditar que ainda a vou recuperar.
:(

sábado, agosto 09, 2008

Episódio

À porta do Museu da Cidade, um carro cheio de gente pára e uma senhora no banco de trás pergunta:

- O Jardim Zoológico fica aqui perto?
- Não, ainda fica um pouco afastado!
(“Vês, eu bem te disse que não era aqui!”, diz para o motorista)
- E a Praça do Chile?
- Também não é nesta zona.
(“Estás a ver!”, diz a senhora, notoriamente indisposta com a situação)
- E o Oceanário?
- Bom, também não é aqui perto, mas é fácil indicar-lhe o caminho. Tem de dar a volta…

sexta-feira, agosto 01, 2008

Lab alone

Dia 1 de Agosto e não vi vivalma no piso onde trabalho, suponho mesmo ter estado sozinha em todo o edifício. Por um lado, o paraíso, por outro, o inconveniente de estar tudo fechado e a chave da 24 ter desaparecido. Tive de chamar os seguranças duas vezes.

Quão inteligente é dizer a um homem que se está sozinha num piso de um edifício? Desconfio que não muito, mas, menos-mal, era o segurança.

Baixa em saldo


Noutro dia fui às compras. Ia só comprar um livro à Bertrand, mas acabei por ser engolida pelos saldos da Baixa. Sempre fui às compras à Baixa, embora nos últimos tempos tenha sido tentada pelos convenientes centros comerciais. Havia algum tempo que o gostinho pelas mãos cheias de sacos andava em parte incerta, que dois anos nos Estados Unidos, mais propriamente em Reno, deixam moça. Na Baixa de Reno perdiam-se fortunas e criavam-se milionários nos casinos, juntavam-se trapinhos, eventualmente com uma taxa de alcoolémia acima da média, nas wedding chapels, e pouco mais. Nada disso me aconteceu, feliz ou infelizmente, mas a falta de lojas interessantes deixou-me o roupeiro cheio das clássicas T-shirts brancas, polos e polares. Tem-se vindo a renovar nos últimos tempos, mas a gaveta das T-shirts brancas continua e continuará a existir.

Entrei nas lojas para ver os saldos, mas a verdade é que as novas colecções é que despertaram o meu interesse. Ainda por cima agora veste-se tops e mangas curtas no Inverno*. Quem é que resiste?

*Confesso que não tenho saudades nenhumas da existência de um roupeiro de Inverno e um de Verão. Da mudança do roupeiro à chegada de uma nova estação. No meu antigo quarto tinha dois roupeiros, um onde tinha a roupa em uso e o outro com a roupa da outra estação. Agora fundem-se naturalmente, só mesmo as camisolas de lã e os blusões quentes é que ainda ficam de parte até serem novamente necessários. Por falar em blusões, este ano quero comprar uma gabardine.

The dark side of me

Das seis peças de roupa, três são escuras, duas são pretas. Eu nunca tinha tido um casaco preto na vida. Acho que a aproximação aos 30 anda a mexer no meu guarda-roupa. Não sei se gosto muito.

quinta-feira, julho 31, 2008

Zipper needed

O que eu me irrito comigo mesma por falar demais.
Às vezes precisava mesmo de um fecho de correr. Fechado.

terça-feira, julho 15, 2008

Thievery

Foi o Shawn que me deu a conhecer e fez com que me tornasse fã. Thievery Corporation dão um concerto em Paredes de Coura. Álbum de eleição, The Richest Man in Babylon. Se ouvirem preparem-se para algo diferente e aprendam a ouvir. É uma mistura de jazz, soul, world beat (Afro-beat, Brazilian dance, Persian, Indian music, reggae, etc). Questionem-me o gosto, mas não a qualidade do som.

De volta

Estou de volta ao laboratório de sempre. Sinto a falta da dinâmica do meu antigo laboratório do lado de lá do Atlântico, a espreitar o Pacífico, mas até aprecio a calma que se vive por estes dias no laboratório, e com o tempo hei-de adaptar-me novamente. Hoje até vesti bata, coisa que não fazia há anos.

quinta-feira, julho 10, 2008

Aqui ao lado da minha casa as obras continuam. Já não fazem tanto barulho como dantes, mas ainda incomodam. Curiosamente, desde há uns dias para cá deixaram de ouvir rádio, agora ouve-se fado. Classy, não?

quarta-feira, julho 02, 2008

As férias

Foram num sítio mais ou menos banal
(nada como as do ano passado),
mas ainda assim foram bem boas
(não o são sempre?!).
Mas teimam sempre em ser curtas.
As férias.
Boas e curtas.

Chá verde

Fico sempre espantada quando algo funciona mesmo. Estamos tão habituados a ser enganados, que quando algo funciona é uma alegria, como se não fosse suposto à partida, como se não fosse por isso que tivéssemos comprado determinado produto. A minha grande surpresa aconteceu há uns anos, com um esfoliante corporal que funcionava mesmo, que deixava a pele tremendamente macia. Entretanto mudou de embalagem e já não é tão eficaz (não me parece que seja a minha pele que tenha mudado assim tanto). Agora aconteceu algo semelhante com o chá verde. Os meus pais bebem chá verde todos os dias, há uns anos. Eu comecei a beber chá verde descafeinado há uns meses, não para emagrecer, mas pela actividade antioxidante e porque me sabe bem. Apregoa-se aos setes ventos que queima gorduras e eu estou convencida que sim, que emagreci à custa do chá verde (não alterei a minha dieta, nem tenho uma actividade física intensa). Não tenho como provar, mas estou mais ou menos convencida que foi mesmo o chá. Por isso, meninas e meninos, se quiserem perder uns quilitos, apressem-se a beber chá verde pelo menos de manhã e à noite. Eu, para minha infelicidade, estou “proibida” de o beber :(

domingo, junho 29, 2008

O Rei da Selva

Tento sempre convencer-me de que os animais que vejo em jardins zoológicos nunca foram livres, e que, como tal, não se sentem tristes por estarem confinados a um espaço que não é o seu. Desta vez foi difícil. Estive a escassos centímetros do Rei da Selva, e ele pareceu-me tão triste. Não era particularmente fã de leões, mas vê-lo assim tão perto, tão sereno (na altura, porque mais tarde vi-o rugir bastante), fez-me reavaliar a minha admiração pela espécie. São bichos fantásticos, imponentes. Nem a janela menos digna lhe tira a majestade.

quarta-feira, junho 11, 2008

Coaching

Palavras de uma amiga que também podiam ser de uma personal coach:

“Acredita sempre que tudo se pode resolver e que todas as coisas más passam…”

terça-feira, junho 03, 2008

Tentativa de roubo

A segunda no espaço de semanas, a terceira no espaço de meses. Tentaram, mais uma vez, roubar-me o carro. Bendito alarme.

segunda-feira, maio 19, 2008

Para que conste. A florista tinha razão. Correu tudo bem :)

sexta-feira, maio 16, 2008

(des)Acordo Ortográfico foi aprovado

Nem comento.

Uma questão de fé

Ontem, enquanto a senhora florista me arranjava as violetas (sim, violetas, e não rosas ou a anacrónica orquídea dentro de uma caixa de papel) para a minha amiga que está no hospital, assegurava-me com convicção que ia correr tudo bem. Contou-me que o filho ia ser operado nesse mesmo dia, que não era nada de especial, mas preocupou-se ao saber do problema da minha amiga que tem a minha idade. Não saí de lá sem ouvir mais uma vez votos de esperança e a expressão convicta de que ela vai ficar bem. Às vezes queria ser igualzinha à senhora florista, simplesmente acreditar que vai correr tudo bem. Seria tudo tão mais fácil.

terça-feira, maio 06, 2008

Indiana

Quando era pequenina queria ser arqueóloga como ele. Fiz escavações e encontrei pedras valiosas, pertencentes a civilizações milenares. O que eu brinquei aos arqueólogos. Agora ele está de regresso e chega a Portugal dia 22.

domingo, maio 04, 2008

Dia da Mãe :)

e a minha destaca-se entre as demais :)

quinta-feira, maio 01, 2008

Quinta-feira da espiga

Para além do dia mais emblemático que se celebra hoje, também se celebra o Dia da espiga (Quinta-feira da Ascensão), que é móvel e feriado em alguns concelhos. Neste dia manda a tradição que se faça a espiga, que, segundo a minha avó, é composta por:
- trigo (simboliza pão, comida)
- malmequeres amarelos (simboliza ouro, dinheiro)
- ramos de oliveira (simboliza azeite/luz e paz)
- folhas de cana (não faço ideia o que simboliza)
- folhas de videira (simboliza vinho e alegria)
- papoilas (simboliza Amor e vida)
- este ano também adicionámos umas flores roxas, mas devia ser alecrim (simboliza saúde e força)
tudo multiplicado por 3. A espiga é pendurada algures e guardada até ao Dia de espiga do ano seguinte.
É das poucas tradições que a minha família mantém e à qual acho piada.

quarta-feira, abril 30, 2008

Os Radiohead juntaram-se à MTV Exit (End Exploitation and Trafficking) num vídeo contra o tráfico de seres humanos centrado na exploração do trabalho infantil. Está excelente e a causa dificilmente poderia ser mais nobre.

Ainda a propósito de boas causas. A campanha “Reciclar para prevenir... o cancro da mama” é uma das minhas preferidas. Por cada tonelada de embalagens, proveniente dos ecopontos, a Sociedade Ponto Verde vai doar 1,5 euros à Laço, que espera vir a conseguir comprar duas unidades de rastreio móvel.
São 2 causas por 1 causa. Faz-me essa gentileza, fazes?

segunda-feira, abril 14, 2008

Pensamento positivo é…

não pensar que hoje foi mais um dia em que não estive com ele, mas antes que falta menos um dia para voltarmos a estar juntos.


Às vezes…

…acontecem-nos coisas que nos fazem sentir mesmo frágeis. Sentir que algo que para nós era um dado adquirido pode deixar de o ser. Coisas tão básicas como, por exemplo, perder a capacidade de ouvir. E se, de repente, deixássemos de ouvir? E se, de repente, o mundo se calasse aos nossos ouvidos? E perder e visão? A vida com o interruptor da luz sempre no off. Estas coisas podem mesmo acontecer, assim, de um momento para o outro, sem qualquer aviso, sem que tenhamos feito nada de errado. Acontecem e pronto.

…acontecem-nos coisas que nos fazem relativizar os nossos problemas. Estas últimas semanas foram frutuosas nesse sentido. Já há algum tempo que não me queixo muito dos meus problemas, trigonite e afins, mas depois das coisas que vi acontecerem a outras pessoas, coisas que acontecerem e pronto, acho que bem posso deixar-me de queixas, pelo menos de algumas. Neste momento parece-me ridículo que o faça. A expressão “Há coisas piores.” nunca fez tanto sentido para mim. Há de facto coisas muito piores.

Este é daqueles posts que não deve fazer muito sentido aos que o lêem. Nunca escrevo complexidades porque gosto, escrevo-as porque a vida é mesmo assim, complexa por natureza, embora a Natureza, essa, seja o oposto. [Se há coisas na Natureza que não compreendemos é porque não temos conhecimentos suficientes, porque tudo faz sentido. Tudo encaixa, tal como num puzzle, mesmo aquele de 1000 peças em tons de azul, que parece impossível de se terminar. No fim tudo encaixa, todas as peças estavam lá para ocupar um lugar.] Pensando bem, a vida também só se torna complicada porque dificilmente temos ao nosso dispor the all picture, se a tivéssemos acho que seria de uma clareza como aquela que o nome deste blog tenta traduzir.

quarta-feira, abril 09, 2008

Ecléctico

A variedade de temas discutidos neste blog anda a preocupar-me. Anda demasiado ecléctico, tanto se fala de receitas, como de ministros dementes, como de Amor. É verdade que o blog é meu e eu é que escrevo, mas como sou toda tão arrumadinha parece-me que isto está a ficar uma confusão. Talvez seja apenas fruto dos tempos que se vivem, talvez seja só uma fase mais ou menos desarrumada.

Amor pouco convencional

Este texto que se segue tem anos e é de uma pessoa pela qual não nutro grande simpatia, mas há que lhe dar o crédito por um excelente texto, não pelo formato do texto em si, mas pela mensagem. É o “Elogio ao amor” do Miguel Esteves Cardoso, que foi publicado no Expresso. Depois disso apareceu em inúmeros sites que têm uma coisa em comum, pertencem a pessoas que sabem o que é Amar de forma pouco convencional.

Presumo que poucos vão ter paciência para chegar ao fim do texto. Eu cheguei, porque é curioso aperceber-me de que a minha vida não é assim tão única e que outros também sabem do que falo. Durante muito tempo questionei se mais alguém saberia do que estava a falar quando falava de Amor. Egocentrismo, talvez.

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro.
Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
(...) Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
[Elogio ao amor por Miguel Esteves Cardoso in Expresso]

Eu não concordo com tudo, nem entendo algumas coisas, mas revejo-me na descrição de quem Ama, de quem não disse que sim só porque era conveniente, porque ele estava mesmo ali ao lado, porque a verdade é que raramente o esteve. São mais os dias que não estou com ele, sempre foram. A nossa vida faz-se de encontros e desencontros e a nossa banda sonora bem podia ser a do início do filme Love Actually, quando se vêem pessoas a encontrarem-se num aeroporto. Já estivemos separados por 8 e até por 11 horas, não de distância, mas de diferença horária. Durante meses vivemos em continentes distintos, mas também já vivemos juntos em mais do que um continente. As nossas profissões levaram-nos a sítios distintos e temos passado os últimos anos a tentar descobrir como é que vamos fazer para viver mais do que um mês no mesmo país, na mesma cidade. Às vezes até conseguimos uns tempos juntos, mas o dia em que temos de voltar a despedir-nos está sempre agendado para breve. Everytime we say goodbye I die a little. Desde o início que sabia, sem o saber ao certo, que este Amor não ia dar jeito nenhum, que não era conveniente, mas não hesitei um segundo (nem que pudesse). Não foi Amor à primeira vista, mas também não foi planeado. Nunca tinha arriscado assim, antes planeava tudo e por isso sei que nunca tinha Amado. Às vezes invejo (sentimento feio) os Amores de hoje, aqueles que o MEC descreve, por serem tão mais simples, tão mais convenientes. Depois lembro-me de meia dúzia de episódios dos muitos que já vivemos e reconsidero. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. E quando pode não há nada no mundo que o supere.

terça-feira, abril 08, 2008

Ainda sobre o post anterior. Nem de propósito, hoje comemora-se o Dia Nacional dos Moinhos.

segunda-feira, abril 07, 2008

Há dias que são assim mesmo desinteressantes, que nem para ficar em casa sossegadinha a ler servem. Hoje é um desses dias, lá fora está um vento que abana tudo e faz um barulho que incomoda. Mas, há que ver o lado positivo, está um bom dia para os moinhos eólicos.

sábado, abril 05, 2008

Ainda faltam uns dias para o Dia da Mãe, mas o que tenho para dizer tem de ser dito hoje, porque sim. A minha Mãe é, de longe, a mulher que mais admiro. :)

quinta-feira, abril 03, 2008

O Dia das Mentiras

A Páscoa este ano foi mais cedo que o normal e o Dia das Mentiras atrasou-se, senão, veja-se. Este senhor mente como gente grande, mas ele não é grande coisa.

segunda-feira, março 31, 2008

Areias

Na sexta-feira uma colega minha sugeriu uma receita para o fim-de-semana, Areias, no Sábado deitei “mãos à massa” e a receita concretizou-se. Desde sempre que a minha avó compra Areias na Casa Gama, na Ericeira. Nunca as vi à venda em mais sítio nenhum por isso não posso comparar com outras que não as minhas, e confesso que as da Casa Gama são melhores, mas não me saí nada mal e para a próxima ainda hão-de ficar melhores.

quinta-feira, março 27, 2008

Icy Reno

Há precisamente um ano atrás, mas a mais de 8.800 km daqui, a paisagem era esta e, surpreendentemente, tenho mesmo muitas saudades.

quinta-feira, março 20, 2008

Primavera

Contra todas as previsões, hoje está Sol :)

terça-feira, março 18, 2008

De visita ao Porto

Na semana passada fui ao Porto. Almocei na Ribeira e surpreendi-me ao dar por mim convencida de que não estava em Portugal. Curiosamente, num sítio tão Português, senti-me fora do meu país. Vive-se uma atmosfera diferente ali. É verdade que a Ribeira é um sítio muito agradável e com uma vista fantástica (a luz do Porto não me agrada muito, mas ali a luz é outra), mas também não é menos verdade que está ladeada por bairros problemáticos e bastante degradados. A elevação a património mundial deu uma nova cor ao Porto, mas há muito mais a fazer. Ainda assim, estou rendida aos seus encantos e apetece-me voltar.

Ainda não foi desta que tive coragem de provar uma francesinha no Porto…

segunda-feira, março 17, 2008

A Páscoa

Sempre me perguntei como é que era determinado o Domingo de Páscoa, mas na realidade nunca tentei descobrir. A explicação chegou-me por e-mail.

“A Páscoa é sempre no primeiro Domingo depois da primeira lua cheia depois do equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano.
Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!). A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.”

quinta-feira, março 13, 2008

A má notícia que… até é boa

Portugal está na cauda da Europa com a menor percentagem de cientistas e engenheiros (3%). Ainda bem, é de maneira que não estamos ainda mais na cauda no que diz respeito ao desemprego.

No passado, que já lá vai, disse coisas excelentes sobre o meu curso (“Não trocava o meu curso por nenhum outro.”), no presente, é melhor nem dizer publicamente o que tenho para dizer sobre o mesmo. Lembro-me claramente do dia em que resolvi que a Biologia seria a “minha vida”. Não foi antes de entrar para o curso, foi antes de começar o segundo ano, quando desisti de tentar sair do curso (confesso que tentei, mas sem sucesso, queria Ciências Farmacêuticas - eu até tinha visão na altura!). A decisão deve ter chegado antes, mas o momento que me ficou marcado como o momento em que decidi que seria Bióloga aconteceu na praia, dentro de água. Lembro-me de ter mergulhado com um sorriso e pensar que ainda iria trabalhar com golfinhos, como era o meu desejo na altura (sem comentários!). Curiosamente, acabei a trabalhar com plantas, por causa de uma cadeira de segundo ano. Enfim, o que lá vai, lá vai, mas jamais vou aconselhar alguém a seguir Biologia, a não ser que se trate de um Sir David Attenborough “to be”, que, aliás, se retirou (eu achava-lhe imensa piada, quase sempre com a sua camisa azul clarinho:)

terça-feira, março 11, 2008

Odeio obras

Desde ontem que estão a fazer obras na casa ao lado da minha. O barulho é nada mais nada menos que infernal. Mal consigo ouvir-me pensar. Sempre achei que esta expressão era exagerada, mas a sério que estava a tentar escrever um e-mail há pouco e mal conseguia. Agora acalmaram e eu vim aqui queixar-me.
[…]
Recomeçou o barulho :( Acho que vou beber um chá de erva-cidreira (a planta na foto, que está no jardinzinho da minha avó). Não sou de ficar com dores de cabeça, mas isto é bem pior do que alguma vez imaginei que pudesse ser. Ao menos se isto fosse uma obra do Extreme Makeover: Home Edition, sabia que só durava 7 dias, mas assim ainda tenho muito que esperar. Pelo menos amanhã (espero) devem terminar as fundações para a casa.

sábado, fevereiro 23, 2008

“A” de água, de muita água


Já lá vão uns dias, mas ainda é visível a lama nas estradas e ainda se ouvem conversas de quem viu a água entrar-lhes pelas propriedades, mesmo perto da casa dos meus pais. A imagem é do dia 18 de Fevereiro, hoje está tudo verde e limpinho; é impressionante como vem e vai tão depressa.

“A” de Aniversário

O meu aniversário foi passado num dos “Five Best: Portuguese retreats”, segundo o The Independent. Diziam eles que este local permite “Escape the tourist crowds and find another side of Portugal in a chic and stylish hideaway.”. Eu não gostei, a decoração era próximo do muito mau e uns retoques nas paredes e afins eram bem vindos. Agora… a vista era boa e a calma absolutamente divinal (cinco estrelas por isso). Não se ouvia nada para além de um passarinho e da brincadeira dos três cães da quinta. Ainda assim não vou voltar, nem recomendo, mas também não vou fazer publicidade negativa ao sítio, por isso não há fotos.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

terça-feira, janeiro 29, 2008

A casa da Isabel

Tenho-o há muitos anos cá em casa, a minha mãe já o tinha lido, mas eu não, não sei bem porquê, talvez por ser demasiado “clássico” para mim. Acabei de lê-lo, “A Casa dos espíritos”, de Isabel Allende. Embora haja algo que não aprecie na sua forma de escrever e no conteúdo demasiado cru, é uma obra e tanto. Lê-se com o prazer que uma obra bem feita suscita e a ansiedade criada por um mecanismo narrativo de eficácia indiscutível. Aconselho vivamente, embora advirta para o realismo cruel e a eventualidade de um aperto no coração de vez em quando.

domingo, janeiro 27, 2008

À espera que a porta se abra…


Fui passar uns dias à Ericeira. É um sítio mágico e adormecer a ouvir nada mais do que o Mar é algo que não tem preço.
Continuo à espera que uma porta se abra para poder voltar a dar um rumo à minha vida desinteressante dos últimos tempos, enquanto isso, escolho as portas mais atraentes. Ainda que se encontrem fechadas.

Obrigada pelo carinho :)

Há dois posts atrás dizia que tinha recebido um presente sob a forma de palavras. Recebi tantos outros depois disso que não tenho memória de ter ouvido coisas tão doces, vindas de tantas pessoas, num tão curto espaço de tempo. Foram palavras vindas dos Estados Unidos (dos amigos de lá), daqui mesmo de Portugal, de novos amigos e daqueles de sempre (desde que me conheço) e, claro, do meu Amor. Numa altura em que nunca me senti tão inútil, chegam-me palavras de pessoas para quem a minha existência é o oposto. Fico absolutamente Feliz com isso. A eles e aos outros, as maiores Felicidades e a certeza de que estarei sempre aqui (ou aí, onde for mais conveniente ;). Adoro-vos a todos :)

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Acrónimos

Não sou de esquerda nem de direita e detesto politiquices, mas não posso ficar alheia a coisas absolutamente graves que se passam no nosso país e que dizem respeito ao nosso governo. Nunca antes senti tanto que vivo num país próximo dos de terceiro mundo. O que me tirou do sério hoje foi a notícia (recorrente, diga-se) do estado calamitoso em que funciona o serviço de urgências do Hospital de Faro. Dizia a bastonária da Ordem dos Enfermeiros que os seus membros em actividade naquela instituição já não se podem responsabilizar pelo serviço prestado, porque têm capacidade para 10 pacientes acamados e chegam a ter 50 por dia, espalhados pelos corredores e com patologias muito diversas, entre elas infecciosas. Pergunto-me se faz mais sentido que a famosa ASAE ande atrás daqueles que “inadvertidamente” usaram a faca com que cortaram o queijo para cortar o pão com fiambre, ou se se deveria fazer algo de muito concreto para que um doente com um problema respiratório inconsequente não fique deitado junto a um outro com um problema de carácter infeccioso? Deveria o acrónimo da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, ASAE, passar a ser ASAH (Autoridade de Segurança Alimentar e Hospitalar)? O problema de fundo é o de sempre, a parte Económica (se é que me entendem).

sábado, janeiro 19, 2008

Presente :)


Hoje recebi um presente, não vinha embrulhado, não tinha laço, nem sequer lhe pude tocar, mas era um presente. Foram só palavras, doces palavras, daquelas que nos oferecem um sorriso enorme. :) Há dias assim. Aprendi que há que os saborear intensamente. Fá-lo-ei (ena, que palavra estranha!).

terça-feira, janeiro 15, 2008

Passou :)

Hoje fui com o meu "BM" (é assim que família e amigos lhe chamam, eu chamo-lhe "BMzito") à Inspecção. Com um sorriso, o senhor inspector disse que estava tudo bem e... passámos :)

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Ontem, hoje e amanhã

Ontem comecei. 30 minutos de bicicleta estática e várias sequências de 15 vezes do aparelho para os braços.
Hoje adicionei uma caminhada de 5 km (pouquito, eu sei).
Amanhã tenciono adicionar os abdominais.

Tudo ao som dos álbuns Monkey Business e Elephunk dos Back Eyed Peas. A primeira música chama-se “Pump it”, muito a propósito. :)

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Aconteceu assim com o novo look do meu blog. Primeiro parecia-me assim sem sal, agora gosto da simplicidade do branco e azul (clubismos à parte).

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Well done :)

Menos de dois meses depois, volto à sala das provas académicas da Universidade de Lisboa. Desta vez era a minha amiga de curso, a Vi, que ia prestar provas, e fê-lo tão bem. Ficam aqui os meus Parabéns públicos a uma prestação impecável frente a um júri difícil e pouco inspirado, salvo raras excepções.

PS: Já tinha publicado esta foto, mas hoje pareceu-me bem voltar a fazê-lo. :)

domingo, janeiro 06, 2008

Mensagem secreta ;)

Em tarde de chuva e de muito tédio, deu-me para isto. Esperavam mais? Eu também, mas isto foi o máximo que consegui. Mas até tem alguma piada, pelo menos para mim, que ando muito básica. :)
Para ver o texto, favor highlight o espaço em branco acima.

Serenity

Os templates disponíveis no Blogger têm nomes, o que escolhi chama-se Minima, mas como lhe alterei cores, letras e apaguei coisas a mais, agora chama-se Serenity. E é essa a minha resolução para 2008, fazer de tudo para uma vida recheada de Serenidade. :)
PS: Acho piada trabalhar em html.

sábado, janeiro 05, 2008

Por falar em extreme makeover... resolvi mudar de template. Na ausência de algo que gostasse mesmo, optei pelo básico, pelo branco, pure white.

Extreme...

…Makeover: Home Edition, da abc, é agora o meu programa favorito. Adoro decoração e depois, ninguém pode ficar indiferente à parte solidária, que é, aliás, a força motriz do programa. Em Extreme Makeover realizam-se sonhos a pessoas que nunca antes tinham tido a ousadia de os sonhar.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

“Factos estranhos”

Encontrei isto na revista Saber Viver e fiquei estupefacta com a veracidade dos factos. Digam lá se isto se aplica a vocês?

Coisas esquisitas que são muito, mas mesmo muito normais
na vida de uma mulher
{1}
Dizer “está tudo bem” quando não está.
{2}
Ficar rabugenta quando está cansada.
{3}
Inscrever-se no ginásio e desistir três meses depois.
{4}
Chorar frequentemente e sentir-se aliviada por isso.
{5}
“Descarregar” o mau-humor em quem mais gosta.
{6}
Sentir-se feliz após um abraço.

Bom, isto até pode não se aplicar a nenhuma de vocês que está a ler isto, mas a mim assenta-me que nem um a luva, com excepção da 3, que nunca me aconteceu (mas comprar equipamentos de ginástica para usar em casa e fazer várias promessas de que é desta que vou fazer exercício regularmente em casa, sim, mas nesse caso não dura nem três semanas).

“Felicidade é…


…a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.”
Erico Veríssimo
(prometo tentar fazer por isso)

Frase que inaugura a minha agenda para 2008.

Passagem de Ano

Foi mais ou menos atrasada, como, ouvi dizer, a do Parque das Nações. Não nos apercebemos e quando se fazia a contagem decrescente corremos para o champanhe, aliás, espumante, as 12 passas e só algum tempo depois brindámos ao Ano Novo (com letra maiúscula). Foi calminha, como a do ano passado, num sítio a voltar.

Horas


Foi com ele que vi as horas passar desde Fevereiro de 2005 a Agosto de 2007. Disse a mim mesma que o ia usar até ao final do doutoramento (a parte prática, que a defesa foi só em Novembro), aquele tipo de “promessa” que não serve mesmo para nada. Houve dias em que as horas passaram mais depressa e dias em que passaram extraordinariamente devagar. Houve horas Felizes e horas tristes. Houve muitas coisas boas e muitas coisas más. Porque 2007 passou tão depressa que quase não dei por ele, sinto-me obrigada a juntar 2006 a 2007 para conseguir acreditar que tanta coisa tenha acontecido em tão pouco espaço de tempo. Mudei muito desde então, umas coisas para melhor, outras para pior. Aprendi muitas coisas, cresci muito enquanto pessoa, mas também fiz coisas que nunca imaginei fazer e chorei como nunca, fica o consolo de também ter chorado várias vezes de pura Felicidade. Que o ano de 2008, que oferece mais um dia que 2007, traga também muitas horas Felizes.