quarta-feira, dezembro 27, 2006

Aos que me lêem, um fantásico 2007. Até lá e... espero vir a ter coisas giras para contar.

Natais

Este foi sem dúvida o Natal menos natalício que alguma vez vivi. Comi o bacalhau, o Bolo Rei, mas o espírito não se alimentou, não se encheu de verdes e vermelhos, a cheirar a azevinho. Adoro azevinho. Adorava o Natal. Sei que nunca mais vai ser igual. Ainda que as tristezas deste ano se tornem apenas numa lembrança má no futuro, sei que nunca mais o vou viver intensamente. Fruto da idade, das perdas, dos ganhos. Curiosamente este ano ofereceu-me o melhor presente de sempre. Obrigada. E que o Natal, e o que ele tem de bom, seja quando um Homem quiser. Porque não em Janeiro?

terça-feira, dezembro 12, 2006

A direita já se mexe, quase como dantes, mas a minha vida não se endireita nem por nada. Gostava de escrever que as coisas voltaram à normalidade, que posso ter muitos destes :), mas isto nunca mais se compõe.
Vou passar o Natal a Portugal, quero trazer de lá um presente, apenas um, quero mantê-lo para o resto da minha vida.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Que mais?

Escrevo, mal, com a mão esquerda, não porque seja canhota, que não sou, mas porque a direita está assim:


:(

terça-feira, novembro 21, 2006

Melhor hoje :)

segunda-feira, novembro 20, 2006

:( Porque também há dias assim.

domingo, novembro 19, 2006

Leonids Meteor Shower

Saímos para a ir ver pelas 20:00, fizemos uns quantos Kms até Truckee. A uma altitude razoável, acima das nuvens que nos escondiam as estrelas lá em baixo, e num sítio sem iluminação, parámos. Era um local de observação de vida selvagem! Nunca tinha visto uma e também não foi desta. Embora o local ideal fosse a costa Este (100 por hora), aqui também daria para ver, mas… não vimos. Valeu pelas estrelas, as muitas estrelas. Num dia em que o Sol não brilhou para mim, brilharam milhares de estrelas. Mas a única estrela que queria realmente que tivesse brilhado, esta noite não brilhou para mim.

Humor de Sábado à tarde

Sabem aqueles dias em que estamos mal connosco e com o mundo? Hoje estou assim. Estou no laboratório mais uns colegas de Sábado à tarde, a fazer um protocolo que nunca fiz, que até estou a achar piada. Mas o meu humor está tão mau. Sorrio por favor. Apetecia-me que me apetecesse ir sair, ir ao cinema, depois dançar. Mas a verdade é que não me apetece nada disso. Não me apetece nada. Talvez só enfiar-me debaixo de uns lençóis brancos numa cama acabada de fazer, sentir o cheiro de lençóis fresquinhos e dormir. Acordar em 2007, descobrir que aquilo que me atormenta hoje é só passado e que os lençóis continuam a cheirar bem.

sábado, novembro 18, 2006

Presente vs Futuro

São 00:04, são horas de ir dormir. Há muito que eram horas de ir dormir. Amanhã vou para o laboratório. Quero fazer uma coisa que é nova para mim e escolhi fazê-la no fim-de-semana para me conseguir concentrar melhor. Ultimamente não me consigo concentrar para fazer nada. Refugio-me nas letras para me proteger dos números. As deadlines. Os dias que não passam. Os dias que passam depressa demais. Já alguma vez quiseram muito que o tempo passasse depressa, sem que o presente passasse a ser futuro rapidamente, porque precisam dele? Eu preciso muito dele, mas quero tanto que chegue o futuro, para que o presente seja passado.
Hoje sinto-me assim :(

sexta-feira, novembro 17, 2006

De volta à sala de aula…

…na verdade não, mas acho que até gostava. Hoje fui assistir a uma aula para alunos de doutoramento. Havia pessoas de todas as idades. Pergunto-me qual a história de cada uma dessas pessoas. Há as iguais à minha. Embora não saiba bem o que de facto me levou a fazer doutoramento. E há as muito diferentes da minha (seja ela qual for).
Fiquei com vontade de ir assistir a outras classes, mas não tenho muito tempo. Talvez um dia volte à sala de aula, talvez não.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Hoje...

Hoje nevou. Cá em baixo havia neve, lá em cima, nas montanhas, não!
Hoje calcei botas, não que a neve fosse muita, mas porque às vezes apetece-me sentir o Inverno (eu sei, ainda é Outono), vestir camisolas quentes, envolver-me num cachecol e sentir-me aconchegada por lãs.
Hoje resolvi que ia passar a ouvir música no laboratório (com phones), para me distrair das distracções. Não durou muito, não gosto de me desligar dos meus sentidos. Mas enquanto durou foi bom. Descobri uma rádio de que gosto, KJZS Smooth Jazz 92.1, e eu não gosto de rádio. Nunca fui menina de rádio. Muitas vezes os sons da moda passavam-me ao lado por não me cultivar pela rádio. Nunca me importei, a maior parte das vezes não estava a perder nada de significativo. Lembro-me de passar um Verão a ouvir a então famosa Rádio Cidade. As músicas da altura são a banda sonora dessa fase da minha vida.
Hoje a banda sonora da minha vida entra-me neste preciso momento pelos ouvidos, inebria-me os sentidos, faz-me sorrir, põe-me os olhos brilhantes e faz-me acreditar que os dias cinzentos do presente vão ser só mais uns dias passados no futuro.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Smileys : )

Sem saber como, nem porquê, iniciei uma competição de smileys com outra pessoa, cada dia inventamos mais uns e deu nisto:

os meus:

Chapéus:
o{: ) gorro com pompom
Ç: )
«((: )
ç(: )
( :l3 cozinheiro
~[: )
*((: )
::[: )
( :[=
Q: ) boina de militar
(-:lD Guarda Real inglês
+<: ) Sacristão (vê-se o que eu percebo disto; não sei quem usa algo assim)
{: ) polícia

Narizes:
:»)
:0 )
:=)
:>) Gérard Depardieu

:s) nariz congestionado
(% de lado
: ] sorriso forçado
:-} assobio
=:-) cabelo em pé
:O) palhaço
<:-) risco ao meio
(o; palhaço que pisca o olho!
c{:-) avó com carrapito
§: ) menina com totós
: () boca de sapo

os da pessoa adversária (não vá ser acusada de usurpar a imaginação do adversário!):

Chapéus:
o<: ) com barrete
d: ) com boné
x<: )
< : )
o[: )
=: )
+: )
‘: )
o-(: )
&: )
_[: )
x-8- )
o=[ : )
oO: )

Narizes:
:-)
:<)
:+)
:c)

:o{ com bigode
:’ ) de lado
= )
:o3 cãozito
: @ a comer um cinnamon roll
8 )
: ~ chiu!
8o )
ll ) matrix
D: ) Sr. Policia
\: ) poupinha
P ) pirata

quarta-feira, novembro 08, 2006

Eles


Hoje de manhã não acordei muito bem. Ainda por cima estava a chover. Não gosto nada de chuva. A caminho da Universidade, algo fez-me olhar para trás. Sorri. Lá estava ele*, ela**, elas*** e o azul. O azul de sempre.

*Arco-íris; **Lua; ***Nuvens

PS: A foto é mesmo má, mas ainda assim, aqui fica a imagem que me ofereceu um sorriso numa manhã pouco alegre.

terça-feira, novembro 07, 2006


Há algo que me liga fortemente a esta cidade, a este estado. A ponte que tenho de atravessar para lá chegar ainda não está acabada. Era para terminar em Dezembro, mas, como tantas outras pontes, parece que só vai ficar pronta em 2007. Até lá, vivo em standby. Apetecia-me ter um comando, fazer forward até sexta-feira e fazer pause no sábado.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Correcção

A terceira fada-madrinha não é americana, é croata. Praticamente nunca a tinha ouvido falar e, não sei porquê, achei que era daqui. Conclusão: quem celebrou em força o Halloween foram os estrangeiros.

terça-feira, outubro 31, 2006

A tradição já não é o que era…


…ou talvez sim. Em dia de Halloween voltei a ficar até às 22:00 no laboratório. Todos os laboratórios, com excepção ao meu, têm as portas fechadas, saiu tudo cedo para festejar. Mas não deixa de ser curioso que o único laboratório enfeitado a propósito seja o laboratório onde trabalham duas argentinas e uma americana, que andavam vestidas de fada-madrinha, as três.
Para me “integrar” mais na sociedade, no Domingo, eu e a Amy, fizemos um pouco de pumpkin carving e da nossa habilidade, ou da falta dela, saiu a família Pumpkin, a Amy fez a mãe, eu o pai (simples, que sou aprendiz nestas coisas!) e as duas fizemos a Baby Pumpkin, que sai aos seus!

domingo, outubro 29, 2006

Beijo eterno

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A propósito de um dos posts anteriores lembrei-me desta foto. Esta escultura fica no Central Park, num sítio meio escondido, pouco digno da mesma. Eu até não gosto de escultura, mas a esta, não sei bem porquê, achei-lhe piada, eu que até nem gosto da história (gosto de happy ends). Acho que a expressão corporal é muito reveladora e como é disso que gosto na arte em geral, ser capaz de transmitir algo, acho que está bem conseguida. A foto não está grande coisa, mas a escultura, asseguro, é bem elegante.

sábado, outubro 28, 2006

Estratégias

Quando tenho pensamentos que me incomodam invento estratégias para me ocupar com outras coisas, ou melhor, para me desocupar mentalmente e esquecer momentaneamente o que me preocupa. A mais comum é comer, chocolate ou outras “porcarias” do género. Outra, também pouco original, é fazer arrumações. Hoje fui trabalhar, mantive-me ocupada todo o tempo. Foi bom ir trabalhar ao fim-de-semana, tudo calminho, já não o fazia há meses! Cheguei a casa e fui fazer as arrumações de fim de semana, depois a sopa, e a seguir vou inventar uma receita com peixe, já sei como vai ser, mas não sei como vai sair. A minha terceira estratégia é escrever. Cumpridas que estão duas, acho que vou petiscar enquanto a sopa acaba de cozer e o peixe se deleita num molho de coentros, alho e azeite.

Beijo animado

terça-feira, outubro 24, 2006

Passei a tarde no confocal, foi a terceira vez que lá fui, desta vez fiquei sozinha. Foi bom, embora o meu pólen pudesse ter colaborado um pouquinho mais. Saí de lá tarde. Atravessei o campus todinho, de uma ponta a outra, às escuras. Passei pelo carro que faz a escolta aos estudantes. Pensei em pedi-la, mas já estava a meio, já tinha passado a pior parte e, enfim, acho sempre que não me vai acontecer nada. Não aconteceu. Perdida no meio dos recantos escuros e silenciosos, perdi-me em pensamentos, o costume. Se há coisa que não consigo é esvaziar-me de ideias. Ao puxar o cabelo para trás senti um cheiro familiar, não era o típico cheiro a luvas que me persegue no dia-a-dia, lave-se ou não as mãos, era o de óleo mineral. Não, não estavam assim sujas, mas o cheiro entranha-se, e apercebi-me de que ela já não me seduz. A Biologia Celular. Durante algum tempo entranhou-se em mim, era o que queria para sempre, seria o meu futuro, seria Bióloga Celular (isto diz-se?), agora não. Os microscópios são passado no meu presente, e quando são presente, como hoje, só o são para puderem vir a ser passado, morto e enterrado.
Hoje dei por mim a dizer “I hate Biology!”. Repensei no assunto e acho que não estou muito longe disso. O curso que me apaixonou, que eu jurei ser o curso da minha vida, convicta de que o era, é hoje fonte de problemas, de distâncias inoportunas, de dificuldades, e não me refiro às científicas, se bem que essas também estão presentes. Quando entrei para Biologia li um panfleto que dizia que ninguém vai para Biologia por acaso, que quem escolhe Biologia é porque sempre quis ser Biólogo. Eu não. Fujo à regra. Eu nunca quis ser Bióloga. Fui lá parar porque não consegui ir para o que queria. Não sou excepção. Depois do primeiro ano, quando desisti de tentar o outro curso, embrenhei-me numa missão: convencer-me de que queria ser Bióloga. Aconteceu na Arrábida, numa praia quase vazia, enquanto mergulhava numa maré baixa à procura de ouriços-do-mar, não os comuns, mas uns fósseis que se encontram lá (um fóssil de Equinóide, chamado Hemiaster). Imaginei-me Bióloga Marinha, coisa que não sou hoje, nem vou ser.
Apercebi-me de que o texto já vai longo, não tanto como as ideias que se desenrolaram durante o percurso ao longo do campus, mas longo. Queria acabar com uma qualquer conclusão lógica, mas parece-me que não há. Lógica é coisa que não abunda nos meus dias, que se afundam em porquês e vontade de acelerar o relógio do tempo e, ao mesmo tempo, regressar aos bons momentos do passado. O presente é que não. Estou num impasse e não vou conseguir ultrapassá-lo sem passar por ele, pelo que, não havendo volta a dar-lhe, à que puxar de sorrisos e dizer-lhe adeus, à medida que o ultrapasso, qual ultrapassagem a um Ferrari ao volante de um Porsche. Porque é que me deu para falar de carros? Não sei.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Reentré


Por motivos que não lembram a ninguém tenho andado desanimada, mas tenho mesmo de me animar, pelo que, acabei de tomar umas quantas resoluções. Vou voltar a escrever mais regularmente, vou voltar a fazer as coisas que gosto de fazer, que me iluminam os dias e o rosto. Isto até pode não dar grande resultado e acabar tão depressa como começou, mas enquanto durar, durou.
PS: Porque gosto de nenúfares e adoro fotografia, aqui fica uma de um.

Brighter days will come


A Sable, de quem já falei aqui, a cadela da Amy, com quem vivo, morreu hoje. Fica aqui a minha insignificante homenagem a ela. Já perdi um cão, aliás uma cadela, a Dalila, e sei o que é, e é muito, muito, mau.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Quem ganhou o “desafio” foi a Vi, não acertou, mas foi a que se aproximou mais. É uma fotografia do reflexo de uma casa e árvores numa poça de água na areia de uma praia (Carmel Beach, CA).

PS: Sim, é verdade, a história da pintura era só para enganar. :)

terça-feira, outubro 10, 2006

Um ano depois


No dia 8 de Outubro de 2005 fui pela primeira vez ao Lake Tahoe; quis o destino (a falta de alternativas e o Sol lá fora!) que um ano depois lá voltasse no mesmo dia, à mesma praia, Speedboat Beach. O lago é o mesmo, o azul da água e do céu os mesmos, mas o meu sorriso no dia 8 de Outubro de 2006 foi bem maior.

Desafio

Porque me apercebi de que mesmo após o fecho anunciado algumas pessoas continuaram a visitar o blog, achei por bem voltar a escrever. São 19:43, estou sozinha em casa e embora a televisão esteja ligada (está a passar o Sahara), eu tenha papers para ler, uma reunião de laboratório para apresentar para a semana, e uma tese para escrever, estou entediada e sem vontade de fazer nada. Proponho um desafio: comentários à imagem publicada no dia 5 de Outubro. É uma foto, uma pintura? Que técnica? Aguarela, óleo, guache? Quem adivinhar ou se aproximar mais, ganha um prémio muito especial.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Fechado para balanço

A principal razão pela qual criei este blog deixou de existir, pelo que, por tempo indeterminado, fecho para balanço.

quarta-feira, outubro 04, 2006

O porquê de tantos :(

Ainda falta o exame final, que o médico não me quis fazer, por ser muito invasivo, ainda falta o resultado de um outro exame, mas a mim, desde há meses, aliás, não sobram muitas dúvidas. É quase certo que desenvolvi uma Cistite Intersticial, uma inflamação crónica da bexiga que não tem cura e provoca dores, após ter tido uma forte reacção alérgica. Há mais de 5 meses que sinto dores, mais ou menos intensas, todos os dias, com excepção de duas semanas. Podia escrever um livro sobre o que foram estes últimos meses, talvez até o faça um dia, podia escrever o meu maior post, mas vou mesmo ficar-me por aqui. Normalmente sinto-me melhor quando falo, quando escrevo, hoje não está a resultar.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Is this your life?


Esforço-me para que a minha seja bem mais colorida.

domingo, setembro 24, 2006

Deserto


Às vezes tenho a sensação de que tenho pela frente um deserto para atravessar, tento convencer-me de que faz parte, de que não há volta a dar-lhe, como tal, agarro-me a tanto pragmatismo quanto posso e atrevo-me a atravessá-lo, sem receios, com toda a coragem que é preciso ter para o fazer. Hoje estou estupidamente triste, mas ao mesmo tempo convenço-me de que melhores dias vêm aí. Eu sei que sim.

A melhor Mãe do Mundo

Não sei bem porquê, mas deu-me um ataque de saudades enorme. Da minha Mãe. Acho que nunca falei dela aqui. Ela sabe do meu blog, mas não costuma vê-lo, é algo mais para os amigos; o que tenho para lhe dizer, digo-lhe, mas hoje, o e-mail que acabei de lhe enviar (agora não posso telefonar, é de madrugada em Portugal) não chega. Somos do género coladinho, literalmente coladinho, sempre tivemos uma relação muito próxima, com barreiras que ambas estabelecemos desde muito cedo, há coisas que são minhas, coisas que são dela, mas o que sentimos uma pela outra é bem conhecido pelas duas, será sempre igual. Sei-o agora, que saí de vez de casa (o regresso vai ser só por dias, semanas no máximo, se tudo correr como programado), mas sei que vamos ter sempre a mesma relação, sei que vou ter sempre o colo dela ao meu dispor. Sei que vai ser sempre igual, que estará sempre lá, ainda que eu esteja cá. Gosto tanto de ti.

sábado, setembro 23, 2006

1 Ano

Faz hoje um ano que publiquei pela primeira vez, a terra girou 360º e a minha vida quase 180º. Os posts de um ano fizeram-se de lágrimas, de sorrisos, mas sobretudo foram sempre… pure crystal clear.

quinta-feira, setembro 21, 2006


Não sei se se ganha ou não, mas tenho a certeza de que não se perde.

sábado, setembro 16, 2006

As férias...


…fizeram-se em vales e montanhas, envolveram um banho gelado num lago no sopé de montanhas que em Agosto ainda têm neve no topo, que me deixou a tremer por mais de mais hora (mas tinha de entrar na água, não fosse eu menina da Ericeira, não há água gelada que me assuste!), chás à beira rio e muito sightseeing. Férias à Americana, um fim-de-semana (pouco) prolongado em Yosemite. Gostei? Sim. Volto? Um dia. A companhia? De sonho. Não. A da minha vida.

RockStar


Nota:
Este post era para ter sido publicado há semanas atrás, não foi porque durante algum tempo não consegui fazer o upload de imagens. Não tem muita piada, mas na altura pareceu-me que sim (!?). São muitas as vezes que perco a oportunidade de ficar calada e arrisco uma piada, que às vezes corre mal (mas felizmente ainda há quem me ache piada!). Arrisco agora um post que não é suposto ser uma piada, mas antes a publicação da única foto alusiva ao Verão típico na praia que não gozei. Mas há dias que valem por semanas, que por serem tão especiais deixam muitas saudades. Tive apenas uns dias de férias e, embora soubessem a muito pouco, souberam muito bem.

Ponto de situação - Standby

Há quase um mês que não publico nada e até aconteceram muitas coisas, por isso mesmo não houve muito tempo para escrever. Neste tempo de ausência de posts, trabalhei, fui de férias, e fui a Portugal e voltei. Passaram-se coisas boas, coisas muito boas e coisas menos boas. Digno de registo só a certeza do que quero para o meu futuro e onde quero que tenha lugar. Pensar nisso faz-me sorrir porque cada vez mais me convenço que “querer é poder” e aquilo que quero vai concretizar-se, com mais ou menos alterações ao plano original. Não é A.? Eu sei que sim.
Aproveito a reentré para agradecer publicamente aos amigos que têm estado sempre ao meu lado a apoiarem-me nestes últimos tempos que têm sido algo complicados. Em aproximadamente uma semana vou ter boas ou más noticias no que diz respeito aos problemas que me chateiam. Até lá vivo em standby.

domingo, agosto 20, 2006

Primeira vez

Pela primeira vez na minha vida não vou ter férias, Férias, dias passados na praia sem fazer nada, Nada. Talvez ainda vá um dia ou outro, talvez vá ao lago Tahoe, ou a outro lago, ou a uma cascata, ou a um rio, aqui nas redondezas, mas isso não são férias, ou antes, são férias à americana, um fim-de-semana acampado aqui, um outro ali, e assim passam uns dias afastados do seu dia-a-dia. Não é mau de todo, mas ainda não me habituei a ver isso como férias.
Este vai ser o meu melhor e o pior ano de sempre. Melhor, porque me aconteceu um coisa muito boa, pior, porque me aconteceram duas coisas muito más (se somar este doutoramento que nunca mais acaba, são três). No entanto, a balança pesa mais para o lado bom, porque não é a quantidade que conta, é a qualidade, e a coisa boa vence por muitos pontos às más. Se as coisas más (um dia falo disso) são algo que é preciso ter muito azar para que aconteçam, a coisa boa só acontece a uns poucos sortudos, saiu-me a mim, na lotaria da vida, primeiro prémio.

sábado, agosto 19, 2006

122 dias

Por falar em números e em contas, estou cá há 4 meses, nunca estive tanto tempo seguido fora de Portugal.

Trocas : )

Já lá vão 688 páginas de um .doc que soma letras de 403 trocas. Estou a perder por 3.

PS: Este é um comunicado público, para um público restrito.

domingo, agosto 13, 2006

Tenho dois posts em standby porque ambos requerem foto e o Blogger está com um problema, não está a fazer o upload de imagens para alguns users, dizem que estão a resolver a situação, para termos paciência, terei, portanto. Entretanto apetece-me publicar qualquer coisa. É Domingo, estou no laboratório, e completamente desinspirada, como quem não começou bem o dia tomando o pequeno-almoço certo, aquele que toma todos os dias, do qual não se cansa e o qual não dispensa para começar bem o dia. Tomei-o, o problema não é esse, mas ainda assim não comecei bem o dia. … Desisto, não vou mesmo conseguir escrever nada. Acho que vou almoçar.

terça-feira, agosto 08, 2006

Não sei

Não sei, é o título porque não sei sobre o que é que vou escrever. Podia discorrer sobre o meu Azar dos últimos tempos, mas estou a escrever para me esquecer, não faz muito sentido falar Dele; com letra maiúscula, sim, porque é digno disso. Para quem queria espairecer, escrevendo, isto não me está a correr muito bem. Lembrei-me agora que alguém vai ler isto, devia ter alguma vergonha de tornar alguns destes textos públicos, e mesmo assim não tenho, porque escrevo essencialmente para mim. Noutro dia estava decidida a começar a escrever um livro sobre o que me tem acontecido nos últimos tempos. Decidi que não era boa altura, tenho um outro “livro” para escrever, que ainda nem tem título, mas que tem de ser editado no final do ano, venha quem vier, chova o que chover (inventei esta frase ou já existia?!). Tento lembrar-me da confusão que acabei de escrever; não me lembro muito bem, mas sei que tem um fio condutor, e isso é bom, pena é o fio estar cheio de nós.
Ontem e hoje só cheguei ao laboratório às 10:00, não consegui levantar-me mais cedo, mas também não faço esforço nenhum para me deitar mais cedo. Tenho sono à noite, mas fico a ler até não conseguir manter os olhos abertos. Porque o faço, não sei muito bem, mas acho que talvez seja por saber que mesmo que me deite cedo vou sempre demorar uma eternidade a adormecer, pelo que mais vale fazer algo útil do que contar carneirinhos. Detesto ovelhas, não lhes acho piada nenhuma, nem com lã, nem sem lã, no meu prato.
Voltando ao livro que quero escrever, acho mesmo que vou fazê-lo quando tiver algum tempo para me dedicar a isso. Não tem que ser uma obra-prima, não tem que ser editado, nem tem que ser lido por alguém. Escrevo porque gosto de escrever. Sempre escrevi muito. Cheguei a escrever textos para concursos, nunca ganhei nenhum, e nem assim deixei de escrever. Há quem goste dos meus textos, o que me alegra, mas o facto de haver quem não goste, não me entristece por aí além. Escrevo porque gosto, porque me dá gozo, porque me afasta dos problemas, porque me aproxima das pessoas, escrevo, porque sim. Escrevo muitos mais textos para o blog do que os que público, a maioria das vezes porque me apercebo que estaria a expor-me em demasia se os tornasse públicos. Às vezes recebo e-mails a comentarem o meu estado espírito baseado no que lêem no blog, pessoas que traduzem letras em expressões faciais. Ultimamente tem sido assim :( Tenho razões para tal, mas comecei a escrever para ficar mais assim :) e estou determinada a manter-me afastada dos pensamentos dois pontos, abre parêntesis, vou ver se consigo chegar ao fim com dois pontos, fecha parêntesis.
Apercebi-me de que passei para a página dois do meu ficheiro .doc chamado blog. Acho que está na altura de parar, de ir lavar os dentes e… ler, e mais daqui a pouco dormir, são 22:13, e eu tenho o sono negativo. Horas de sono a menos, leitura a mais. Amanhã levanto-me às 7:00, chego ao laboratório às 8:55 e saio às 19:30, retomando o ritmo habitual. Acho que amanhã vou inventar qualquer coisa com frango para o jantar, mas seja lá o que for não vai ser melhor do que o de hoje, cozinhei camarões, para ver se retomo o interesse pela cozinha, tenho andado muito desligada das receitas e das panelas. Ultimamente tenho comido mais refeições já prontas, daquelas que vão 5 minutos ao microondas, do que em toda a minha vida, algumas até são boas, mas é algo deprimente. Não tem piada nenhuma agarrar numa caixa de cartão e colocar no carrinho das compras; quão mais giro não é comprar os ingredientes em separado e depois misturar os sabores a gosto. Gosto muito de livros de receitas, daqueles com fotos, mas sou incapaz de seguir uma receita por completo, invento sempre, e é disso que gosto na cozinha, do cunho pessoal, disso e de ir provando as receitas durante as várias etapas. E pronto, não acabo com dois pontos, fecha parêntesis, mas acabo com cheiro a coentros, a minha erva favorita, logo a seguir à erva de azeitona e aos orégãos. ;)

sábado, agosto 05, 2006

...will last forever

Whenever I say your name, whenever I call to mind your face
Whatever bread's in my mouth, whatever the sweetest wine that I taste
Whenever your memory feeds my soul, whatever got broken becomes whole
Whenever I'm filled with doubts that we will be together

Wherever I lay me down, wherever I put my head to sleep
Whenever I hurt and cry, whenever I got to lie awake and weep
Whenever I kneel to pray, whenever I need to find a way
I'm calling out your name

Whenever those dark clouds hide the moon
Whenever this world has gotten so strange
I know that something's gonna change
...

Whenever I say your name, I'm already praying
I'm already filled with a joy that I can't explain.
...

Whenever this world has got me down, whenever I shed a tear
Whenever the TV makes me mad, whenever I'm paralyzed with fear
Whenever those dark clouds fill the sky, whenever I lose the reason why
Whenever I'm filled with doubts that we will be together

Whenever the sun refuse to shine, whenever the skies are pouring rain
Whatever I lost I thought was mine whenever I close my eyes in pain
Whenever I kneel to pray, whenever I need to find a way
I'm calling out your name

Whenever this dark begins to fall
Whenever I'm vulnerable and small
Whenever I feel like I could die
Whenever I'm holding back the tears that I cry
...

No matter how long it takes,
One day we'll be together
...


let there be no mistake
that day will last forever

(Whenever I Say Your Name, Sting)

sábado, julho 29, 2006

Roses


Não são as da Anita, são as minhas e cheiram tão bem!

domingo, julho 23, 2006

Perspectivas


Podemos escolhê-las, às vezes não é fácil escolher a melhor, mas quase sempre podemos escolhê-las. Há as boas, as menos boas e as más. Há as que só nos permitem ver parte da realidade e as realistas. Opto pelas reais, não são as melhores, mas são as que mais dificilmente me trarão desilusões.

Disclaimer:
Eu avisei que sempre pure crystal clear, mas que às vezes o conteúdo podia ser um pouquinho nublado, por isso não se aceitam reclamações. :)

domingo, julho 16, 2006

Reflexo


Às vezes aquilo que os outros vêm em nós é apenas o reflexo daquilo que somos na realidade. Sinto que estou numa dessas fases. Não ando a fazer coisas completamente estranhas a mim, mas sinto que às vezes as coisas me fogem um pouco do controlo, sem que consiga fazer muito para o contrariar. Os prazos, a distância, o trabalho, os resultados ou a sua inexistência, os vários problemas com que me defronto todos os dias, mais do que nunca na minha vida, tiram-me o sossego. Mas não deixo de sorrir, porque se existe reflexo é porque existe objecto reflectido e ele há-de voltar ao primeiro plano.

terça-feira, julho 11, 2006

Atentado culinário

Eu já vi pessoas a comerem coisas verdadeiramente desagradáveis à vista e, suponho, ao paladar, na sala onde costumo almoçar, mas hoje vi alguém cometer um verdadeiro atentado contra os morangos. Fruta que, para além de deliciosa, é tão “elegante”. A receita é simples, preparou-a à minha frente, e da minha perplexidade. Salada de espinafres e morangos temperada com azeite e vinagre. Se alguém, que ler este post, achar que até deve ser bom e resolver comentar isso mesmo, arrisca-se a ver o seu comentário eliminado. Este foi o atentado culinário mais desagradável que já vi. Eu sei que existem muitas combinações desastrosas, mas, por favor, não com morangos. Não sou uma fã incondicional de morangos, mas gosto e acho-os mesmo giros, pelo que misturá-los com espinafres e temperá-los com azeite e vinagre, dos quais não sou nada fã, hum, parece-me muito mau.

terça-feira, julho 04, 2006

Vícios

Eu sou do tipo de pessoa que só bebe café socialmente, para acompanhar alguém numa ida até ao café, para não ficar a olhar, enquanto os outros se deliciam com o seu vício diário. Mas até gosto do cheiro do café e não desgosto do sabor. MAS odeio cheiro a café mau, e aqui nos USA o que não falta é café mau, muito mau. Hoje de manhã tive, mais uma vez, de conviver com o aroma a café esturricado ou simplesmente de má qualidade. Há pessoas que não percebem como é que podem existir pessoas como eu, que não apreciam café, por outro lado, eu não percebo como é que esta gente aqui se vicia em café tão mau! Ao menos os nossos cafés sempre são pequeninos, quando é mau, não é tão mau, aqui bebem-no aos decilitros!

Quatro


Hoje foi feriado aqui, Quatro de Julho, Dia da Independência, mas como este dia não significa nada para mim e eu tenho montes de coisas para fazer no laboratório, vim trabalhar. Quando cheguei à paragem de autocarro estavam quatro indivíduos, e embora ali apenas passe o autocarro número quatro, eles não entraram no mesmo autocarro que eu. Quando entrei no autocarro pareceu-me que ficaram entretidos a comer nas imediações da paragem, talvez não tivessem reparado no autocarro. Se calhar devia tê-los avisado.

segunda-feira, julho 03, 2006

Hair it is

O meu cabelo cresce muito rápido, não sou eu que o digo, muita gente o diz; corto e pouco tempo depois já está enorme. Cortei antes de vir para aqui, curtito, mas já está grande. Gosto dele assim, faz uns caracóis nas pontas. Gosto de caracóis, normalmente quem os tem não gosta deles, quem não os tem, gosta!
Desde há umas duas semanas, com a chegada do Verão, suponho, ficou com uma ar mais alegre, estava meio triste. Hoje estava giro, mas um dia destes tenho de cortá-lo (se estivesse em Lisboa já tinha sido cortado, dois meses é o meu máximo sem cortar), mas aqui… Já fiz uma pesquisa e só ouvi dizer mal, pior, pude constatar a desgraça, cortes absolutamente desastrosos (do estilo ponta acima, ponta baixo!). Também, num cabeleireiro chamado “Hair it is” e noutro que diz “You are ugly, we can’t make you beautiful.”, não se pode esperar grande coisa. Acho que vou ter de ir até San Francisco, cidade “civilizada” mais próxima, para cortar o cabelo. Parece-me um comportamento muito à dondoca, mas não gosto nada de entregar o meu cabelo a mãos alheias. Mas por enquanto ainda pode crescer mais um bocadinho.

domingo, julho 02, 2006

Thrips


Eu tenho um pesadelo que me atormenta de dia e de noite. Chama-se thrip e come pólen. E eu trabalho com pólen. Isn’t it lovely?

sábado, julho 01, 2006

Futebol… Europeu


Era uma vez um Mundial de Futebol que se tornou num Europeu… A jogar as meias-finais temos quatro equipas europeias. O velho continente mostrou ao resto do mundo que futebol… europeu é connosco. O "invencível" Brasil sucumbiu a uma França forte, que vai dar luta. Estamos cá para ver como é que vai ser.

O nosso Ricardo não lê o meu blog, mas gostava de lhe dar os Parabéns, para mim foi o homem do jogo. Para quem não sabe aqui fica a informação, o nosso jogador bateu o FIFA World Cup record para o maior número de defesas durante a marcação de grandes penalidades. Boa, Ricardo. :)
Não acertei no resultado, foi 1-3 e não 2:3, mas o que conta é que ganhámos. :)

Nota: Bandeira de Portugal patrocinada pela Fisherbrand! :)

quarta-feira, junho 28, 2006

Números

Esta semana já lá vão 240 extracções de gDNA. Faço 30 de cada vez, e o assustador é que na antepenúltima vez consegui tirar 30 tubos da caixa de uma só vez; da penúltima tirei uns, achei que era pouco, tirei mais uns, e depois mais uns, perfazendo 30; e da última vez, achei que era demais, voltei a pôr 2 na caixa, depois mais 2, e acabei com 30+1.

Mais números: 2-3, o resultado do Inglaterra-Portugal, que vamos ganhar após prolongamento. :) Ricardo, contamos contigo, tira as luvas e mostra-lhes como é que é! ;) Excesso de confiança? Sim, mas depois de ter de ouvir uma brasileira a dizer que o Brasil vai ganhar tudo, quero mesmo ganhar à Inglaterra, para podermos jogar contra o Brasil, se este ganhar à França, sim, que não há equipas invencíveis. E se jogarmos com eles e perdermos, não faz mal, é porque o treinador falhou.

domingo, junho 25, 2006

Luz


Às vezes procuramos uma luz no fundo do túnel e não vemos que a luz esteve sempre lá, mesmo com o candeeiro apagado. Hoje não preciso que nenhuma luz se acenda para mim, o Sol brilha (lá fora quase não brilha, mas no meu peito sim). Há luz que me ilumina e me faz sorrir. Há sempre uma luz que nos guia na ponte que nos leva até onde queremos, só temos de a atravessar, e quando vemos essa luz, podemos até fazê-lo de olhos fechados.

Nota:
Não me perguntem se caí nas malhas de alguma religião, com esta história da luz e da ponte, que não, foi só mesmo um momento de pouca inspiração.

quinta-feira, junho 15, 2006


Está na minha secretária. “Roubei-a” de uma espécie de jardim abandonado, pelo qual passo todos os dias a caminho da Universidade. Passei um dia apressada e disse, “Amanhã levo uma, a ver se não me esqueço.”. No dia seguinte dei por mim parada, a abotoar o atacador do sapato, em frente às rosas. Sorri. Trouxe uma. Conheço-as como Rosas de Santa Teresinha. São bem giras.

Haja boas notícias

Cientista português identifica gene que reverte células adultas em estaminais
Teresa Firmino (PÚBLICO)

O gene que protagonizou uma experiência científica do biólogo português José Silva, do Instituto de Investigação de Células Estaminais, em Edimburgo, na Escócia, não podia ter um nome mais apropriado. Chama-se Nanog, que quer dizer, em gaélico, "terra dos sempre jovens". José Silva mostrou como este gene pode levar células adultas — que já se tornaram células da pele, por exemplo — a uma espécie de regresso ao passado celular, transformando-as em células estaminais embrionárias.

Pode estar aqui a solução para muitas doenças que hoje não têm cura.

Well done, José Silva. Vai sair na Nature.

terça-feira, junho 13, 2006

Dia de Santo António


Adoro manjericos! A minha avó tem sempre por esta altura. Cheiro-os com a mão como manda a tradição, mas já os cheirei com o nariz, e não morreram! :)

segunda-feira, junho 12, 2006

Altos e baixos


Tenho-os, de vez em quando, quase sempre alternadamente, concentro-me nos “altos”, que os “baixos”, concentram-se em mim.

Sempre lhes achei piada. A minha praia preferida chamava-se Mil Regos. Agora tenho várias praias preferidas, desde a Praia de São Bernardino, à Praia da Ilha do Pessegueiro.

Eu 1 – Scott 0

Portugal 1 - Angola 0
Estados Unidos 0 - República Checa 3

O Scott, o meu colega que apostou comigo que os Estados Unidos chegavam mais longe que Portugal, nem conseguiu acabar de ver o jogo de tão mau que foi.
Acho que vou ganhar a aposta. Just a feeling! :)

sexta-feira, junho 09, 2006

… tanto, tanto

Só tu me dás motivos para manter acesa
A luz que brilha junto da minha janela

Ausência e tu (Luís Represas)

terça-feira, junho 06, 2006

Hoje é dia 06.06.06 :)

Pelo menos hoje não me engano a escrever a data ao estilo americano, primeiro o mês, depois o dia!

segunda-feira, junho 05, 2006

Aposta

Apostei com o Scott um jantar em como Portugal vai chegar mais longe que os USA no Mundial de Futebol. Força Portugal, não me deixes ficar mal (rimou!). Hoje já se veio queixar que no grupo dos USA está a Itália, que é o candidato favorito a vencedor. Desculpas, desculpas.

“Acabámos por nos encontrar.”

Lembrei-me desta música:

toda a gente passou horas em que andou desencontrado
como à espera do comboio na paragem do autocarro

Lá em Baixo (Sérgio Godinho)

E nada nem ninguém me vai fazer perdê-lo… ao comboio.

quinta-feira, junho 01, 2006

Free food

Ontem, não sei porquê, a Bio-Rad ofereceu um monte de comida ao Departamento. Os pacotes de salgados, legumes, molhos, bebidas, foram colocados na sala comum, onde se come e se reúne, e onde é comum não se poder comer porque algum grupo está lá reunido e onde é comum ser-se interrompido por alguém que quer comer quando se está lá reunido com o nosso grupo. Anyway, já me tinha apercebido da loucura desta gente em relação a comida grátis, mas ontem foi gritante. Até me vieram avisar que havia comida grátis. Ignorei por completo e devo ter feito um ar de “So what?!”. Hoje só existiam uns legumes, uma lata de refrigerante e um pacote de salgados aberto. Juro que não percebo.
Durante todo o dia, na secretária atrás da minha, estiveram vários brownies, com muito bom aspecto, que a mulher do meu PI trouxe. Resisti o dia todo, mas de tarde provei metade de um. Não consegui resistir. Gosto de chocolate. Either that… ou estou a ficar igual a eles… nah, é mesmo porque não resisto a chocolate.

segunda-feira, maio 29, 2006

Hopeful


Porque há dias melhores que outros, e o meu até me está a correr bem, vou partilhar com o meu blog o meu optimismo de hoje.

Am I or am I not sweet? ;)

domingo, maio 28, 2006

Sempre

when you're on the outside baby and you can`t get in
i will show you you're so much better than you know
when you're lost and you're alone and you cant get back again


i will find you darling and i will bring you home


and if you want to cry
i am here to dry your eyes
and in no time
you'll be fine


by your side (Sade)

sexta-feira, maio 26, 2006

Bom dia!


Não é o Sol, mas podia ser. Ofereceram-me a foto, não a flor, e trouxeram o Sol ao meu dia que teimava em pintar-se em tons de cinzento. Foi ontem, mas hoje ainda brilha.

Pequenas grandes coisas

O texto não é meu, não sei de quem é, mas eu assino em baixo. Sem ordem específica, porque as coisas boas não se ordenam, saboreiam-se, e é o sabor delas todas juntas é que nos permite dizer: sou Feliz.

As coisas boas da vida
1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto até que as faces doam.
3. Um chuveiro quente.
4. Um supermercado sem filas.
5. Um olhar especial.6. Receber correio.
7. Conduzir numa estrada linda.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
10. Toalhas quentes acabadas de ser engomadas.
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
12. Batido de chocolate (ou baunilha) (ou morango).
13. Uma chamada de longa distância.
14. Um banho de espuma.
15. Rir baixinho.
16. Uma boa conversa.
17. A praia.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
19. Rir-se de si mesmo.
20. Chamadas à meia-noite que duram horas.
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
22. Rir por nenhuma razão especial.
23. Alguém que te diz que és o máximo.
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
25. Amigos.
26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro ou o primeiro com o novo parceiro).
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
30. Brincar com um cachorrinho.
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
32. Belos sonhos.
33. Chocolate quente.
34. Fazer-se à estrada com amigos.
35. Balançar-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates.
37. Letras de canções na capa do CD para podermos cantá-las.
38. Ir a um bom concerto.
39. Trocar um olhar com um belo desconhecido.
40. Ganhar um jogo renhido.
41. Fazer bolachas de chocolate.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
43. Passar tempo com amigos íntimos.
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas (boas ou más) nunca mudam.
47. Patinar sem cair.
48. Observar o contentamento de alguém que está a abrir um presente que lhe oferecemos.
49. Ver o nascer do sol.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.

Obrigada pelo apoio, Lee.

quarta-feira, maio 24, 2006

Mais daisies


Estão no meu quarto e são lindas. São amarelas, cor-de-rosa, cor-de-laranja e cor-de-felicidade, a minha cor preferida. :)

terça-feira, maio 23, 2006

:(


Estou outra vez numa fase menos positiva, com a sensação de que nada nunca mais vai voltar a ser como era dantes. Um sentimento de negativismo impera, sem que eu consiga fazer o que quer que seja para o mudar. Desabafo com os amigos, com o blog, mas desta vez pouco tem ajudado. Queria sentir-me aconchegada pelos amigos que estão longe demais.

domingo, maio 21, 2006

Alarme: 4:00am


O meu voo era às 6:45am, o meu shuttle vinha buscar-me a South Padre Island às 4.30 para me levar até ao Aeroporto de Brownsville. Foi um bocadinho difícil levantar-me àquela hora, mas queria tanto vir-me embora que me deitei-me quase depois das 12:00 e levantei às 3.50. O segundo voo não correu muito bem, acho que nunca me assustei tanto como me assustei desta vez, estava a dormitar quando fui literalmente violentamente acordada por uns balanços apreciáveis. Faltava pouco para aterrarmos e as hospedeiras nem se puderam levantar para vir ver se todas a gente tinha as mesas recolhidas, bancos levantados, etc, etc. Ouvir a hospedeira dizer que “We will be on the ground shortly” depois de reportar que estávamos a ultrapassar uma zona complicada, com o avião instável, foi um misto de alivio e receio: on the ground… Parece que o problema é comum na aproximação ao aeroporto de Reno, porque atravessamos uma zona montanhosa e descemos até a um vale e devem formar-se massas de ar, com correntes/temperaturas diversas, que resultam naquilo, mas mesmo assim, não foi nada agradável, muito embora não seja isso que me vá fazer hesitar entrar num avião na próxima vez que o tiver que fazer. ;)

Abstract


Todas as reuniões científicas têm um livro de Abstracts, esta não foi excepção. Eram bons, escritos por quem sabe bem o que está a fazer. As talks foram à altura. Os contactos que fiz foram muito proveitosos. Cientificamente foi um sucesso. Mas e não era esse o objectivo? Acho que sim. Mas, então, para quê escolherem uma região altamente turística com uma praia com Kms de extensão para realizar um Workshop? Para seduzir as pessoas a ir é a resposta mais fácil (mas não se fazem interpretações num Abstract!). Fui bem seduzida, mas não foi pela praia, foi mesmo pelo conteúdo científico. É nestas alturas que me apercebo de que estou mesmo crescida. Noutra altura acho que teria ido a quatro talks e não ter faltado a quatro (aliás, três e meia) como aconteceu. Dei um passeio pela praia nesses dois intervalos que fiz durante os três dias intensos, das 8:30am às 10:00pm. De resto a praia foi mesmo só o meu caminho entre o meu apartamento e o Hotel onde o Workshop teve lugar. Não gostei do sítio e jamais faria férias ali. É caso para dizer que “o que brilha nem sempre é ouro”, e com isto concluo.

Gostei :)

Mesmo com um pequeno erro ortográfico (culpa da Amazon),
não deixou de me arrancar um sorriso. :)

terça-feira, maio 16, 2006

Workshop na praia

Ainda não é desta que vou ao Pacífico Sul, mas vou para Sul. Amanhã vou descer até ao Texas, vou ao 2nd Pan American Plant Membrane Biology Workshop, em South Padre Island (de 17 a 20). O lugar é absolutamente fantástico. Embora vá numa missão importante, acho que não vou resistir a um passeio pela praia, imensa. Que saudades do azul, “The big blue”.

segunda-feira, maio 15, 2006

A Sul

Lembram-se deste post? Eu quase não me lembro. Lembrei-me dele ontem por me ter lembrado de que o que nesse dia pensei ter perdido, faz-me hoje muito feliz. A vida dá voltas e a minha deu uma volta de 180ºC. Estava sem Norte nesse dia, agora vejo-me a Sul, lá para os lados do Pacífico Sul. ;)

sábado, maio 13, 2006

Sierra Nevada, NV

Avisos


Na hora do julgamento, o ladrão alegou em sua defesa que não passou para o outro lado. Não dizia em lado nenhum que não se podia roubar a placa.

So you know…


Para que se saiba que desde 1492 os USA estão atentos ao fenómeno que hoje aterroriza o mundo.

Virginia City – terra de cowboys e de… camelos

Hoje de tarde fui a Virginia City, uma vila pequenina no topo de uma montanha a 24 milhas de Reno, que preserva as características das vilas que estamos a habituados e ver nos filmes de cowboys, com os típicos saloons. Havia, inclusive, cowboys nas ruas e senhoras com vestidos da época. A vila, outrora cidade, foi das mais densamente povoadas do Nevada, devido à descoberta de minas de prata; foi cenário da popular série Bonanza; e lá viveu Mark Twain. Hoje é centro turístico, onde acontecem muitas coisas, incluindo uma das provas do campeonato mundial de corridas de camelos. É verdade, não vi nenhum cavalo! Já não se fazem cowboys como antigamente.

sexta-feira, maio 12, 2006

Obrigada :)


Because of your smile, you make [my] life more beautiful.
Thich Nhat Hanh

PS: Não consegui uma única foto aceitável sem o flash e com flash, já se sabe, mas nem assim o smiley deixa de sorrir! :)

quinta-feira, maio 11, 2006

Para ti amiga

Better days

Hard times are fallin' on you
Even when you smile I see the hurt come through
And I know it feels like it's never gonna end
You say nothin's been right for a long time
And every step you take is an uphill climb
I see you’re reachin' out
So let me tell you friend that
Better days are comin' around
I know you feel like
The whole world's gone and let you down but
Better days they're comin' for you
I know they will
'Cause I'll be right here makin' sure they do

(Faith Hill)
A tradição já não é o que era…
Já quase não apanho choques!
Já simpatizo mais com os neons dos casinos e motéis.

Mas há coisas que nunca mudam…

Nunca me hei-de habituar que aqui os iogurtes explodem sempre que os abro (resultado da altitude elevada a que Reno se situa).
Nunca hei-de perceber quais são as pessoas que me vão cumprimentar na rua (dou por mim a planear “Good Mor…” a pessoas que estão a olhar para o relógio, e a passar por mal educada, quando me dizem alegremente “Good Morning Ma’am”). Um dia hei-de saber reconhecê-los. Um dia.
As saudades.
Eu.

segunda-feira, maio 08, 2006

Histórias com (alguma) moral


1. Hoje, logo de manhã, tive de enfrentar um cão feio e gordo que saiu de uma casa a correr em direcção a mim, parei, e durante as milésimas de segundo que levou a chegar mesmo próximo de mim, imaginei-me a ser mordida por aquele cão feio (Não me faltava mais nada!). Mas… não me mordeu.
2. A caminho da Universidade pisei uma pastilha enorme (quem é que põe uma coisa daquelas na boca?). Mas…. saiu facilmente, sem ter de recorrer a lenços de papel.
3. Tive de ir a um serviço público aqui da Universidade e estavam muitas pessoas na fila de espera. Mas… desta vez não foi muito bom. Vi pessoas que chegaram “depois” de mim a serem chamadas “antes” de mim. Mas lá me chamaram e enquanto esperava pela minha vez vi um rapaz sair do edifício, olhei para a rua e disse para mim própria “Vai entrar naquela pickup truck branca”. E… entrou! Pequenas “vitórias” que não se explicam, mas têm piada!
4. Descobri que a Amy usa o mesmo shampoo que eu, coincidência a acrescentar às muitas outras coisas que temos em comum. Mas… ela tem um PhD e eu ainda não! O que é que isto tem a ver com cabelos? Nada, mas consigo dar a volta a qualquer texto e acabar a falar de PHDs, mesmo que não faça sentido nenhum (como é o caso!).

Moral da história? Não, não é só título, temos mesmo.
1. As coisas até podem não estar a correr bem, e acharmos que só pode acontecer o pior, mas… somehow acabam bem.
2. Aquilo que nos parece que vai ficar ali para sempre a chatear-nos, acaba por se resolver, às vezes por si só, ou apenas com uma pequena ajuda nossa.
3. O que nos pode parecer errado, injusto, acaba muitas vezes por ter o seu lado compensador, basta reparamos nas coisas pequeninas com que nos deparamos no nosso dia a dia que nos põem um sorriso no rosto, para percebermos que não vale a pena fazermos um tempestade num copo de água, só porque qualquer coisa não está bem.
4. Não tem grande moral, mas as coincidências perseguem-me e eu não fujo delas, acho-lhes graça. Fica aqui registada mais uma. Falar do PhD a propósito de uma coincidência? Pois, é que eu que não vi outra coisa no fim-de-semana passado e hoje que não fosse respeitante à minha tese, achei por bem falar dela, do PhD, que nunca mais acaba, enquanto faço uma pausa e deixo de navegar por entre os ficheiros na minha pasta gigantesca que dá pelo nome de… PhD (quão original!).

O porquê do girassol? Gosto dele, acho-o fotogénico e já que o texto é uma miséria, talvez a foto agrade a alguém, se não agradar a ninguém, agrada-me a mim e… o blog é meu. Pior que o texto só mesmo o facto de ter coragem de carregar em “Publish”.

domingo, maio 07, 2006

Curlious Gerbera Daisies – twisted colored life


“Há dias em que nos enchemos de esperança e achamos que tudo até pode acabar bem, que os dias menos bons terão um fim, como tudo na vida, e a bonança virá. Não gosto de festejos antecipados, este post não vai ser publicado facilmente, mas hoje, para me obrigar a ser mais optimista, obrigo-me a publicá-lo.”

Este post esteve para ser publicado no dia 2 de Maio, não foi, porque… não gosto mesmo de antecipar vitórias. Hoje o dia não me correu bem, nada bem. Publico-o na mesma. Quando me perguntam se sou supersticiosa digo sempre que não sou, mas sou, engano-me mim própria, mas hoje a minha superstição vai ser colocada de lado. É verdade que o dia não me correu bem e o resultado não augura nada de bom, mas tudo passa e aquilo que hoje me incomoda também passará.
Partilho com o pequeno mundo que lê o que escrevo aquilo que hoje me vai na alma. Já hoje disse a uma pessoa que não sei muito bem que conforto encontro em partilhar os meus problemas com os outros, mesmo que não os especifique, mas que encontro algum conforto encontro. O meu problema não passa, o que passa é apenas a informação de que não estou bem. Tiro os outros do sossego, faço com que outras pessoas se preocupem comigo, e não é isso que me faz sentir melhor. Não gosto de saber que estão preocupados comigo. No entanto, às 5:19 horas de Portugal, 21:19 aqui, não tenho a quem me queixar, e queria fazê-lo. Queixo-me ao meu amigo imaginário, que está sempre acordado quando os outros estão a dormir.

A foto colorida, com as minhas segundas flores preferidas, é só para trazer algum colorido ao post, que eu hoje tive um dia cinzento.

domingo, abril 30, 2006

Português vs Inglês

Qualquer que seja a língua que use para me expressar, o sentimento é sempre o mesmo.

saudade
- lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;
- pesar pela ausência de alguém que nos é querido;
- nostalgia;
- (no pl. ) lembranças afectuosas a pessoas ausentes;
- (no pl. ) cumprimentos.

miss
- To fail to hit, reach, catch, meet, or otherwise make contact with.
- To fail to perceive, understand, or experience: completely missed the point of the film.
- To fail to accomplish, achieve, or attain (a goal).
- To fail to attend or perform: never missed a day of work.
To leave out; omit.
To let go by; let slip: miss a chance.
- To escape or avoid: narrowly missed crashing into the tree.
- To discover the absence or loss of: I missed my book after getting off the bus.
- To feel the lack or loss of: Do you miss your family?

sábado, abril 29, 2006

Chocolate :)

Depois de andar a evitá-lo durante dias, por indicação da médica (devia evitar ingerir substâncias com potencial alergéneo, para evitar nova reacção alérgica). Diz-se que o fruto proibido é o mais apetecido, pelo que nestes dias queria mesmo um chocolate. Hoje comi um min-mini-chocolate. Soube-me bem. Soube-me a pouco, mas não cedi e não comi mais. Não se trata de gulodice (talvez um pouco!), trata-se de química. Se comesse outro doce qualquer o desejo de comer chocolate mantinha-se. Porque… o chocolate tem na sua constituição o aminoácido fenilalanina, que por sua vez é precursor da serotonina, que o nosso corpo produz quando estamos felizes. A sensação de conforto que comer chocolate produz no nosso corpo deve-se a essa falsa sensação de felicidade, explicada pela química. As minhas últimas semanas não tem sido fáceis, devido à reacção alérgica, devido às imensas saudades, pelo que os níveis de serotonina no meu corpo deviam/devem andar baixitos, comer o chocolate (pequenino que fosse) produziu em mim uma sensação de conforto (felicidade) patrocinado pela fenilalanina. Obrigada.

quarta-feira, abril 26, 2006

Uma semana

Cheguei há sete dias, uma semana. Estou ainda a trabalhar a meio gás, mas a coisa está a aquecer e vai ficar muito quente. Não se adivinham dias muito fáceis, mas tem de ser, é o ultimo ano de doutoramento e praticamente todos os que passaram por isto dizem que é mesmo assim. Força, para mim e para os meus coleguinhas em final da jornada de “get a Ph.D.”, especialmente para a Vi.

Que calor!

Está calor aqui! De manhã venho de camisola, casaco e blusão, de tarde saio com o casaco dentro da mochila, o blusão na mão e muito calor. Não posso usar T-shirt, o meu braço esquerdo não deixa. Tenho uma mancha negra na veia, provocada pela injecção que levei por causa da alergia. Se alguém vê aquilo vai olhar para mim com um ar esquisito e pensar: “Ela até tem ar de ser certinha, mas olha-me só para aquilo!”. Já esteve pior, daqui a uma semana já deve estar com um aspecto decente. Provavelmente daqui a uma semana vai estar frio, a chover ou a nevar, o tempo está muito instável, ontem choveu desde o fim de tarde até hoje de manhã.

terça-feira, abril 25, 2006

Rosas da Anita


Quando era pequenina era uma grande fã dos livros da Anita (acho que ainda sou!). Este clássico infantil tem autoria de Gilbert Delahaye e ilustração de Marcel Marlier. Originalmente, a Anita chama-se Martine e é belga. No livro em que se conta a história do seu aniversário (Martine fête son anniversaire) a Anita recebe vários presentes, entre eles rosas vermelhas, selvagens. Desde aí que adoptei as rosas vermelhas selvagens como as minha preferidas. Ficou até hoje, muitos, muitos anos depois da primeira vez que li o livro (primeira, porque houve uma segunda, uma terceira,… Tinha uma fixação pelos livros da Anita e não saiam assim tantos quanto isso, para que pudesse ter livros sempre novos para ler).

As minhas receitas

Hoje foi dia de fazer sopa, Sopa de alface e coentros.

Para x pessoas (várias!)

- 4 batatas
- 2 cenouras
- 1 nabo
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- 1/3 de alface
- um raminho de coentros
- azeite e sal qb

Cozer tudo e triturar. Já está!

É saudável, cheira muito bem, tem bom aspecto (vários verdes e laranja), e sabe muito bem.

Não sei muito bem como é que consigo fazer isto, mas acerto sempre na água necessária para uma consistência agradável, no sal é que não, hoje tive de a provar 3 ou 4 vezes até estar aceitável (antes pouco sal do que muito!).

Porque fazer refeições para uma pessoa só é uma verdadeira seca, e não tem piada nenhuma, aqui, limito-me a fazer as coisas mais rápidas que me vêm à cabeça com os ingredientes que tenho disponíveis. Hoje o jantar foi: Ovos com espargos.

Para 1 pessoa

- 6 espargos grandes
- 2 ovos
- margarina e sal qb
- pão de alho
- queijo com ervas para barrar

Cozer os espargos cortados às rodelas em água e sal. Deixar arrefecer e juntá-los aos ovos numa frigideira, mexendo sempre. Acompanhar com torradas de pão de alho barradas com queijo.

Simples, muito simples e até é saudável (OK, eu sei que os ovos, fritos, não são a melhor das opções, mas dias não são dias e eu adoro ovos!)
Foto publicada sem autorização. Paga-se "multa" em géneros.

segunda-feira, abril 24, 2006

Ponto da Situação

Resolvi entrar na onda dos bloggers e fazer o "Ponto da Situação".

Há 10 anos:

Tinha 17 anos, andava no 11º ano, não sabia muito bem o que queria fazer, mas sabia bem o que não queria, sempre soube. De resto, nada a declarar.

Há 2 anos:

Com um quarto de século, apercebi-me de que os anos vão passando. Estava quase a meio do doutoramento e comecei a deixar de dizer que não trocava o meu curso por outro. O desencanto começava, então, a fazer-se sentir.

Há 1 ano:

Conheci a pessoa que mudou a minha vida.

Ontem:

Foi o dia 0.

Hoje:

Dia 1.

Amanhã:

Vai ser o dia 2 e vai faltar menos um dia para eu voltar.

3 paixões na minha vida:

1. Ele
2. Mar
3. Dizer outra vez ele não é demais

3 coisas a fazer se tivesse 1000 euros (e já agora tempo para os gozar):

1000 euros (200 contos!) num instante desaparecem, mas dão para fazer algumas coisas.
1. Uns dias no meu hotel preferido.
2. Câmara fotográfica nova.
3. Bilhete de avião Lisboa-NY.

3 coisas menos boas que não consigo mudar:


1. Teimosia.
2. Não conseguir calar-me quando mais devia.
3. Inflexibilidade!

3 coisas das quais tenho medo:

1. Perder quem amo.
2. Saltos para a água.
3. Ficar doente (apanhei uns sustos ultimamente; ainda estou traumatizada)

3 coisas que quero muito agora:

1.
2.
3.

É curioso, deve ser, mas não há nada que queira muito agora, embora queira 1001 coisas. Tudo o que quero muito é a médio-longo prazo.

3 sítios onde quero ir:

1. Tibete
2. Tailândia
3. Cuba
e muitos mais…

sábado, abril 22, 2006

Melhorei

Melhorias à vista. Já quase não tenho manchas vermelhas. Que alívio.
De manhã fui às compras, na quinta-feira tinha feito algumas, mas as grandes compras ainda não tinham sido feitas. Fui ao sítio do costume. Fui atendida pela empregada que estava grávida quando cá estive da outra vez e que agora já não está. Tinha lá a foto do filhote. Um dos empregados de cabelo branco meteu-se comigo, o que me arrumava as compras insistiu para as ir levar ao carro; senti-me contagiada pela boa disposição daquela gente, senti-me um bocadinho em casa. O resto do dia passei-o a ler e a escrever. Diário de um Sábado pouco interessante, mas um dos últimos em que pude pura e simplesmente não fazer nada, ou antes, fazer o que me apeteceu. Avizinham-se dias cheios (ontem descobri que o Jeff me enfiou noutro projecto).

PS: Já comecei a apanhar os choques do costume. Que seca!

sexta-feira, abril 21, 2006

Acordei praticamente na mesma, mas, tal como ontem, isso representa um progresso. Levantei-me cedo. Apanhei o autocarro de sempre, o Route 4, vi as pessoas do costume. Sem saber muito bem porquê até me soube bem a pequena viagem, lembrei-me das últimas vezes que a fiz. A primeira coisa que fazia quando chegava ao laboratório de manhã era ligar o computador para saber notícias do outro lado do Atlântico, era sempre nessa expectativa que ia no autocarro. A mesma com que hoje fui. O trajecto para a Universidade também foi agradável. As árvores estão em flor; do lado esquerdo, flores rosa, do direito, brancas. No laboratório limitei-me a esterilizar sementes, milhares de sementes, e a colocá-las a germinar, não fiz mais nada.

De noite, eu e a Amy, voltámos a instalar a Wireless Internet, que entretanto ela tinha desinstalado, e agora já estou ligada ao Mundo, ao meu Mundo, a partir de casa.

quinta-feira, abril 20, 2006

Primeiro dia

Acordei a meio da noite (jet lag), mas voltei a adormecer. Soube-me bem o aconchego do quarto que já conhecia. Acordei na mesma, o que representa um progresso: não estava pior. Levantei-me antes deles, tomei o pequeno-almoço, e fui até ao laboratório, tinha de ir a uma reunião no Office of International Students and Scholars para dizer que já cheguei, sob prejuízo de ter problemas com os serviços de imigração! Fiquei a saber que também desta vez não vou ter direito ao famoso Social Security Number.
O laboratório, o meu laboratório, está igual e a minha bancada e computer area limpas à minha espera, com um post it a dizer Claudia. Senti-me em casa, sem o estar. De novo só mesmo os dois novos post-docs, um francês e um coreano. O primeiro parece simpático, o segundo mal falou comigo (diferenças culturais!). O Jeff não está cá, a porta do gabinete dele está fechada o que dá um ar estranho ao laboratório, falta-lhe qualquer coisa. De tarde limitei-me a recolher umas sementes de umas plantas transformadas e depois fui para casa.

quarta-feira, abril 19, 2006

Hesitação

Vivi-a de manhã. Acordei bem pior. O médico disse que devia acordar menos vermelha e acordei mais vermelha, na cara e no corpo. Olhei-me no espelho e não consegui impedir-me de chorar. Ia entrar num avião, para fazer uma viagem de não sei quantas horas (muitas!), assim? Telefonei para o Hospital, não me deixavam falar com um médico, diziam, e bem, que não se pode fazer diagnósticos por telefone, lá os convenci que se fosse ao Hospital perdia o voo, eventualmente, em vão. Puseram-me em linha com um médico. Disse-me que era seguro fazer a viagem, que era normal que ainda estivesse assim, vermelha. Enfim, lá fui para o aeroporto. Fiz o check-in, e esperei. O meu voo saía às 8:30 para Frankfurt.
Em Frankfurt voltei a hesitar em entrar no avião para San Francisco (voo de 11 horas). Estava pior, não queria acreditar, mas estava. A minha mãe ligou novamente para o Hospital e disseram-lhe que se eu conseguisse suportar a eventual comichão (que felizmente quase não tinha) podia seguir viagem. Segui.

11 horas

Foi o maior voo que fiz, no maior avião que já alguma vez andei (um B747-400). Quase não dei pelas horas, tal era a inquietação. Não me sentia melhor, via as minhas mãos mais vermelhas, e continha-me para não chorar. Para me distrair resolvi começar a ler um livro que me deram e que levei comigo. O livro fala de uma viagem difícil, verídica. Embrenhava-me na história contada na primeira pessoa para esquecer a minha. Passadas umas horas, não sei quantas, arranjei coragem para ir ao lavatory. Olhei-me no espelho, estava pior. Não me reconhecia naquele espelho. É engraçado as coisas que nos passam pela cabeça quando não estamos bem, quando não estamos nada bem. É assustador vermos o nosso corpo alterado. Quando nos dói algo sabemos que algo não está bem, mas não vemos a dor, sentimo-la. Na minha situação para além de se sentir, vê-se o que está a acontecer. Só queria adormecer e acordar boa, ou melhor, perceber que era só um pesadelo. Larguei o livro por instantes e dormi, fui dormindo aos poucos, entre capítulos. Voltei a ver-me ao espelho e estava pior, o pesadelo não acabava. Lá chegámos a São Francisco. Foi facílimo passar pelos customs. Tinha algumas horas de espera. Voltei a olhar para o meu corpo e estava pior. Sentia-me em processo de negação de cada vez que constatava que estava pior. Liguei para algumas pessoas em Portugal e só quando me disseram que lá eram 1:00 é que percebi porque é que me atendiam o telefone com uma voz ensonada. Estava completamente desorientada. O que me estava a acontecer e os comprimidos que estava a tomar colocaram-me num estado tal que parecia que as coisas não estavam bem a acontecer e que eu não estava bem ali. Nem sei como é que me apercebi quando anunciaram que a gate do meu voo tinha sido alterada.

Cheguei

Cheguei a Reno. Não sabia bem quem é que me vinha buscar. Se fosse o Scott teria de esperar umas duas horas porque ele tinha aulas, se fosse o Shawn, talvez não. Fui buscar as minhas malas e esperei na zona de Baggage Claim, como combinado. Não sei quanto tempo esperei. Durante esse tempo tentei animar-me. Era difícil, até fisicamente. Era-me difícil esboçar um sorriso, sentia os músculos faciais presos. Depois de chegarem uma série de voos com pessoas que vinham esquiar ou jogar, um empregado do aeroporto, que deve ter ficado com pena de me ver ali à espera há não sei quanto tempo, veio falar comigo. Perguntou-me de onde era, eu disse de Portugal. A conversa do costume, que é longe, blá, blá, blá, até que pergunta, só para confirmar, se em Portugal se fala português!? Eu disse que sim e ele diz-me que está a estudar português porque tem um amigo no Brasil e quer ir para lá viver. Diz-me umas coisas em português e saca dos seus apontamentos. Coincidências! O Shawn chegou, levou-me a casa (a Amy tinha-lhe dado a chave) e deixou-me, a descansar.

Gerbera daisies


À minha espera estavam a Sabel (a cadela de 12 anos), o Jasper (o gato de 16 anos), as coisas que gosto no frigorífico, a decoração nova da casa de banho e do quarto, um cartão de Boas-Vindas do Scott e da Amy e… flores, lindas.
Obrigada.

terça-feira, abril 18, 2006

Último dia

Último dia em Lisboa.
Manhã passada no laboratório, entre tubos, plantas e despedidas.
Vou sentir a falta dele.
Ao fim da tarde, no cabeleireiro, olho-me no espelho e vejo-me… vermelha e algo inchada na cara. Assustei-me, o que era aquilo? Resultado de ter estado a chorar por causa das despedidas da tarde?! Não, não fico assim por chorar, ainda que estas tivessem sido as piores despedias de sempre. Fui para casa com o meu novíssimo corte, jantei, voltei a olhar para o espelho, estava pior. Não pensei duas vezes, disse: Vou ao Hospital. Lá fui, pela segunda vez, pelo mesmo motivo, no espaço de um mês, ao HospitalCUF Descobertas. Cheguei pelas 20:30. Tempo de espera: uma hora e meia. Fiquei à espera em pé, depois sentei-me, depois levantei-me, não queria acreditar que ia passar a minha última noite em Portugal no Hospital. Quando comecei a ter algumas dificuldades em respirar a coisa agravou-se. Fui chamada pouco tempo depois. Levei imediatamente uma injecção de cortisona e tomei um anti-alérgico. Mais uma vez tinha tido uma reacção alérgica ao medicamento que tinha tomado. Outra vez, no espaço de um mês. Esperei meia hora para ver como reagia à injecção. Pareceu-me que estava a melhorar. O médico receitou-me mais comprimidos e lá tive alta. Fui para casa, não sem antes passar pela farmácia, a mesma da última vez. Faltava-me arrumar umas coisas. Foi muito difícil manter-me acordada, conseguir raciocinar, responder às questões da minha mãe, que só queria ajudar. Um assunto “mal resolvido” não me deixava descansar, ainda que estivesse cheia de sono. Lá adormeci, cansada.

segunda-feira, abril 17, 2006

Dufour 455


Acho que ainda nunca tinha dito, aqui, que gosto de barcos à vela. Gosto. Gosto muito. Tenho apenas dois problemas com eles. O primeiro, que suponho um dia vir a ultrapassar: o enjoo. O segundo: não tenho um. Problemas ultrapassados e, quem sabe um dia, não verão por aí um Pure Crystal Clear fundeado numa qualquer marina. Porque é que me deu para isto hoje? Porque A Vida é Bela.
Obrigada.

quarta-feira, abril 12, 2006

Desabafo científico

Acordei com sono, como é costume nos últimos tempos. Não fiquei mais tempo na cama porque algo me move até à Faculdade. Custa-me a crer que vou acabar por sair daqui sem ter feito o que era suposto. Perdi a esperança de que alguma vez iria conseguir acabar o meu doutoramento aqui. As coisas não funcionam. Não percebo porquê, mas lá fora as coisas evoluem, dia-a-dia vai-se acumulando resultados (bons e maus!) no caderno e aqui as únicas coisas que se vão acumulando são coisas por fazer, queixas e noites mal dormidas. Talvez um dia volte, talvez um dia volte a fazer ciência em Portugal sem sentir a frustração que sinto nos dias de hoje.

terça-feira, abril 04, 2006

Sono vs Trabalho

Uma reacção alérgica a não sei exactamente o quê fez-me começar o dia com uma ida ao Hospital. Terminei-o pelas 21:30, com a cabeça na almofada. Os comprimidos que me aliviam o desespero da manhã fazem-me dormir. Precisava de mais horas de sono e muitas mais de trabalho; não sei muito bem como é que se faz isto, mas acho que não sou a única a não saber.

domingo, abril 02, 2006

Tarde em branco

Passar uma tarde de domingo em casa é muitas vezes sinónimo de algo pouco agradável, ou porque se ficou a trabalhar, ou porque se está doente, mas ontem não. Poder-se-ia dizer que foi uma tarde em branco, mas nem isso lhe tira o encanto. ;)

sexta-feira, março 31, 2006

0:57

É tarde, muito tarde. Entrei antes das 8, era ainda dia 30, vou sair daqui a pouco, já dia 31. Faltam 17 dias para me ir embora. Quero que o tempo passe devagar, muito devagar.

quinta-feira, março 23, 2006

Contrasenso

J1, já o tenho, e, no entanto, estou quase a ficar sem ele.

quarta-feira, março 22, 2006

emBAIXAda

Hoje fui à Embaixada dos USA, requerer um J1. Sem ele não posso voltar pelo período que preciso para acabar o Doutoramento, que me ocupa a cabeça e o tempo. Já fui uma miúda profundamente entusiasmada com o meu trabalho, agora nem por isso. A Embaixada é um sítio imponente. Sentimo-nos pequeninos com os seguranças com armas “pesadas” a olharem para nós enquanto um outro nos revista. Perguntava-me, enquanto esperava pela minha vez, o que é que realmente me fazia estar ali àquela hora da manhã, se eu até nem quero sair de Portugal e voltar para lá, tão longe. Pensar na lista de coisas que tenho para fazer em cima da bancada ajudou-me a perceber – tenho de acabar o dito, o Doutoramento. Depois de entregar a “papelada” espero mais algum tempo. Durante esses mais de 30 minutos sou bombardeada com perguntas por um comissário de bordo que tambem lá estava a pedir um visto. Olhou para o folheto que falava sobre o Hawai e disse: umas férias aqui é que era! Pois era! Sorri. Partilhámos o gosto pelas viagens e ambos nos prometemos que ainda haveríamos de conhecer o mundo que nos rodeia. Ele quer conhecer toda a Europa, eu quero conhecer o resto. Por fim, sou chamada para a “entrevista”, respondi às perguntas sem problemas. Disseram-me que me dão o visto amanhã. Já quase não tenho argumentos para adiar a viagem, mas ainda há um, uma experiência muito imprtante que tem de ser feita cá. Agarro-me a ela como as crianças se agarram aos dedos dos adultos. A necessidade de proximidade física é algo que nos vem de criança. Sinto-a como nunca a senti antes.
Escrevi hoje porque quase sempre o faço quando tenho muitos pensamentos a ocuparem-me em demasia. Hoje não estou bem. Sinto que devia de estar de baixa.