terça-feira, outubro 31, 2006

A tradição já não é o que era…


…ou talvez sim. Em dia de Halloween voltei a ficar até às 22:00 no laboratório. Todos os laboratórios, com excepção ao meu, têm as portas fechadas, saiu tudo cedo para festejar. Mas não deixa de ser curioso que o único laboratório enfeitado a propósito seja o laboratório onde trabalham duas argentinas e uma americana, que andavam vestidas de fada-madrinha, as três.
Para me “integrar” mais na sociedade, no Domingo, eu e a Amy, fizemos um pouco de pumpkin carving e da nossa habilidade, ou da falta dela, saiu a família Pumpkin, a Amy fez a mãe, eu o pai (simples, que sou aprendiz nestas coisas!) e as duas fizemos a Baby Pumpkin, que sai aos seus!

domingo, outubro 29, 2006

Beijo eterno

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A propósito de um dos posts anteriores lembrei-me desta foto. Esta escultura fica no Central Park, num sítio meio escondido, pouco digno da mesma. Eu até não gosto de escultura, mas a esta, não sei bem porquê, achei-lhe piada, eu que até nem gosto da história (gosto de happy ends). Acho que a expressão corporal é muito reveladora e como é disso que gosto na arte em geral, ser capaz de transmitir algo, acho que está bem conseguida. A foto não está grande coisa, mas a escultura, asseguro, é bem elegante.

sábado, outubro 28, 2006

Estratégias

Quando tenho pensamentos que me incomodam invento estratégias para me ocupar com outras coisas, ou melhor, para me desocupar mentalmente e esquecer momentaneamente o que me preocupa. A mais comum é comer, chocolate ou outras “porcarias” do género. Outra, também pouco original, é fazer arrumações. Hoje fui trabalhar, mantive-me ocupada todo o tempo. Foi bom ir trabalhar ao fim-de-semana, tudo calminho, já não o fazia há meses! Cheguei a casa e fui fazer as arrumações de fim de semana, depois a sopa, e a seguir vou inventar uma receita com peixe, já sei como vai ser, mas não sei como vai sair. A minha terceira estratégia é escrever. Cumpridas que estão duas, acho que vou petiscar enquanto a sopa acaba de cozer e o peixe se deleita num molho de coentros, alho e azeite.

Beijo animado

terça-feira, outubro 24, 2006

Passei a tarde no confocal, foi a terceira vez que lá fui, desta vez fiquei sozinha. Foi bom, embora o meu pólen pudesse ter colaborado um pouquinho mais. Saí de lá tarde. Atravessei o campus todinho, de uma ponta a outra, às escuras. Passei pelo carro que faz a escolta aos estudantes. Pensei em pedi-la, mas já estava a meio, já tinha passado a pior parte e, enfim, acho sempre que não me vai acontecer nada. Não aconteceu. Perdida no meio dos recantos escuros e silenciosos, perdi-me em pensamentos, o costume. Se há coisa que não consigo é esvaziar-me de ideias. Ao puxar o cabelo para trás senti um cheiro familiar, não era o típico cheiro a luvas que me persegue no dia-a-dia, lave-se ou não as mãos, era o de óleo mineral. Não, não estavam assim sujas, mas o cheiro entranha-se, e apercebi-me de que ela já não me seduz. A Biologia Celular. Durante algum tempo entranhou-se em mim, era o que queria para sempre, seria o meu futuro, seria Bióloga Celular (isto diz-se?), agora não. Os microscópios são passado no meu presente, e quando são presente, como hoje, só o são para puderem vir a ser passado, morto e enterrado.
Hoje dei por mim a dizer “I hate Biology!”. Repensei no assunto e acho que não estou muito longe disso. O curso que me apaixonou, que eu jurei ser o curso da minha vida, convicta de que o era, é hoje fonte de problemas, de distâncias inoportunas, de dificuldades, e não me refiro às científicas, se bem que essas também estão presentes. Quando entrei para Biologia li um panfleto que dizia que ninguém vai para Biologia por acaso, que quem escolhe Biologia é porque sempre quis ser Biólogo. Eu não. Fujo à regra. Eu nunca quis ser Bióloga. Fui lá parar porque não consegui ir para o que queria. Não sou excepção. Depois do primeiro ano, quando desisti de tentar o outro curso, embrenhei-me numa missão: convencer-me de que queria ser Bióloga. Aconteceu na Arrábida, numa praia quase vazia, enquanto mergulhava numa maré baixa à procura de ouriços-do-mar, não os comuns, mas uns fósseis que se encontram lá (um fóssil de Equinóide, chamado Hemiaster). Imaginei-me Bióloga Marinha, coisa que não sou hoje, nem vou ser.
Apercebi-me de que o texto já vai longo, não tanto como as ideias que se desenrolaram durante o percurso ao longo do campus, mas longo. Queria acabar com uma qualquer conclusão lógica, mas parece-me que não há. Lógica é coisa que não abunda nos meus dias, que se afundam em porquês e vontade de acelerar o relógio do tempo e, ao mesmo tempo, regressar aos bons momentos do passado. O presente é que não. Estou num impasse e não vou conseguir ultrapassá-lo sem passar por ele, pelo que, não havendo volta a dar-lhe, à que puxar de sorrisos e dizer-lhe adeus, à medida que o ultrapasso, qual ultrapassagem a um Ferrari ao volante de um Porsche. Porque é que me deu para falar de carros? Não sei.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Reentré


Por motivos que não lembram a ninguém tenho andado desanimada, mas tenho mesmo de me animar, pelo que, acabei de tomar umas quantas resoluções. Vou voltar a escrever mais regularmente, vou voltar a fazer as coisas que gosto de fazer, que me iluminam os dias e o rosto. Isto até pode não dar grande resultado e acabar tão depressa como começou, mas enquanto durar, durou.
PS: Porque gosto de nenúfares e adoro fotografia, aqui fica uma de um.

Brighter days will come


A Sable, de quem já falei aqui, a cadela da Amy, com quem vivo, morreu hoje. Fica aqui a minha insignificante homenagem a ela. Já perdi um cão, aliás uma cadela, a Dalila, e sei o que é, e é muito, muito, mau.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Quem ganhou o “desafio” foi a Vi, não acertou, mas foi a que se aproximou mais. É uma fotografia do reflexo de uma casa e árvores numa poça de água na areia de uma praia (Carmel Beach, CA).

PS: Sim, é verdade, a história da pintura era só para enganar. :)

terça-feira, outubro 10, 2006

Um ano depois


No dia 8 de Outubro de 2005 fui pela primeira vez ao Lake Tahoe; quis o destino (a falta de alternativas e o Sol lá fora!) que um ano depois lá voltasse no mesmo dia, à mesma praia, Speedboat Beach. O lago é o mesmo, o azul da água e do céu os mesmos, mas o meu sorriso no dia 8 de Outubro de 2006 foi bem maior.

Desafio

Porque me apercebi de que mesmo após o fecho anunciado algumas pessoas continuaram a visitar o blog, achei por bem voltar a escrever. São 19:43, estou sozinha em casa e embora a televisão esteja ligada (está a passar o Sahara), eu tenha papers para ler, uma reunião de laboratório para apresentar para a semana, e uma tese para escrever, estou entediada e sem vontade de fazer nada. Proponho um desafio: comentários à imagem publicada no dia 5 de Outubro. É uma foto, uma pintura? Que técnica? Aguarela, óleo, guache? Quem adivinhar ou se aproximar mais, ganha um prémio muito especial.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Fechado para balanço

A principal razão pela qual criei este blog deixou de existir, pelo que, por tempo indeterminado, fecho para balanço.

quarta-feira, outubro 04, 2006

O porquê de tantos :(

Ainda falta o exame final, que o médico não me quis fazer, por ser muito invasivo, ainda falta o resultado de um outro exame, mas a mim, desde há meses, aliás, não sobram muitas dúvidas. É quase certo que desenvolvi uma Cistite Intersticial, uma inflamação crónica da bexiga que não tem cura e provoca dores, após ter tido uma forte reacção alérgica. Há mais de 5 meses que sinto dores, mais ou menos intensas, todos os dias, com excepção de duas semanas. Podia escrever um livro sobre o que foram estes últimos meses, talvez até o faça um dia, podia escrever o meu maior post, mas vou mesmo ficar-me por aqui. Normalmente sinto-me melhor quando falo, quando escrevo, hoje não está a resultar.