quarta-feira, dezembro 07, 2005

De regresso a casa

Finalmente, o dia de regresso. Havia algum entusiasmo, mas o sentimento de que estava a deixar muito para trás era evidente. O meu primeiro voo era às 6:50am. Pelas 5:30am estava eu e o Scott sentados em cima da minha mala a tentar fechá-la. Depois de tirar algumas coisas, conseguimos! Foram levar-me ao aeroporto e a despedida quase que foi molhada com algumas lágrimas, mas foi selada com um “See you soon”. Fiz o check-in do voo Reno-Salt Lake City e pediram-me que abrisse a mala (a mesma que tinha requerido que eu e um rapaz de mais de um 1,80m nos sentássemos em cima dela para a fechar!) porque algo estava errado! Perguntaram-me se tinha livros na mala, disse que sim, e disseram-me que o alarme toca sempre que são detectadas grandes quantidades de papel. Abri a mala, onde tinha dezenas de tubos com coisas que trazia do laboratório(!). A segurança passou com o detector de metais por entre os livros e disse-me que podia voltar a fechar a mala. Foi fácil! Uff! Entretanto a pessoa que estava ao balcão sugeriu-me que alterasse o meu segundo voo de SLC para NY para mais cedo, para não ter de esperar no aeroporto de SLC um dia inteiro. Alterei. Assim apanharia um avião para NY assim que chegasse a SLC e chegaria a NY às 4:30pm em vez de chegar às 11:30pm. O que era bom, já que tinha deixado para os últimos dias a marcação de um hotel em NY e não tinha conseguido, até ao momento, achar um hotel próximo do aeroporto que me custasse menos de 500 dólares! O meu plano era passar a noite de 7 para 8 num hotel do aeroporto e passar o dia seguinte em NY (o meu voo para Portugal era às 6:30pm do dia 8). Mas sem hotel, cansada e com a possibilidade de apanhar um voo para Portugal ainda no dia 7 (cheguei lá às 4:30 e havia lugares disponíveis no voo desse dia), troquei NY por uma chegada mais cedo a Portugal?! A viagem correu bem, mas não consegui dormir, em parte devido à senhora que se sentou ao meu lado, que passou o tempo a verificar se tinha o cinto bem colocado, para o que tinha sempre que me tocar no braço, e que o apertava mais cada vez que nos pediam que apertássemos os cintos!?
Já em Lisboa deram-me as “boas-vindas” com uma simpática espera de quase 45 minutos pela minha mala, mas que foi compensada pelos abraços quentinhos dos pais e avó que me foram buscar ao aeroporto.

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