quarta-feira, março 22, 2006

emBAIXAda

Hoje fui à Embaixada dos USA, requerer um J1. Sem ele não posso voltar pelo período que preciso para acabar o Doutoramento, que me ocupa a cabeça e o tempo. Já fui uma miúda profundamente entusiasmada com o meu trabalho, agora nem por isso. A Embaixada é um sítio imponente. Sentimo-nos pequeninos com os seguranças com armas “pesadas” a olharem para nós enquanto um outro nos revista. Perguntava-me, enquanto esperava pela minha vez, o que é que realmente me fazia estar ali àquela hora da manhã, se eu até nem quero sair de Portugal e voltar para lá, tão longe. Pensar na lista de coisas que tenho para fazer em cima da bancada ajudou-me a perceber – tenho de acabar o dito, o Doutoramento. Depois de entregar a “papelada” espero mais algum tempo. Durante esses mais de 30 minutos sou bombardeada com perguntas por um comissário de bordo que tambem lá estava a pedir um visto. Olhou para o folheto que falava sobre o Hawai e disse: umas férias aqui é que era! Pois era! Sorri. Partilhámos o gosto pelas viagens e ambos nos prometemos que ainda haveríamos de conhecer o mundo que nos rodeia. Ele quer conhecer toda a Europa, eu quero conhecer o resto. Por fim, sou chamada para a “entrevista”, respondi às perguntas sem problemas. Disseram-me que me dão o visto amanhã. Já quase não tenho argumentos para adiar a viagem, mas ainda há um, uma experiência muito imprtante que tem de ser feita cá. Agarro-me a ela como as crianças se agarram aos dedos dos adultos. A necessidade de proximidade física é algo que nos vem de criança. Sinto-a como nunca a senti antes.
Escrevi hoje porque quase sempre o faço quando tenho muitos pensamentos a ocuparem-me em demasia. Hoje não estou bem. Sinto que devia de estar de baixa.

Um comentário:

Anônimo disse...

parafraseando a tua resolução de ano novo... deixa de adiar algumas coisas e tira um tempinho para ti... porque mereces...

Leena