segunda-feira, janeiro 21, 2008

Acrónimos

Não sou de esquerda nem de direita e detesto politiquices, mas não posso ficar alheia a coisas absolutamente graves que se passam no nosso país e que dizem respeito ao nosso governo. Nunca antes senti tanto que vivo num país próximo dos de terceiro mundo. O que me tirou do sério hoje foi a notícia (recorrente, diga-se) do estado calamitoso em que funciona o serviço de urgências do Hospital de Faro. Dizia a bastonária da Ordem dos Enfermeiros que os seus membros em actividade naquela instituição já não se podem responsabilizar pelo serviço prestado, porque têm capacidade para 10 pacientes acamados e chegam a ter 50 por dia, espalhados pelos corredores e com patologias muito diversas, entre elas infecciosas. Pergunto-me se faz mais sentido que a famosa ASAE ande atrás daqueles que “inadvertidamente” usaram a faca com que cortaram o queijo para cortar o pão com fiambre, ou se se deveria fazer algo de muito concreto para que um doente com um problema respiratório inconsequente não fique deitado junto a um outro com um problema de carácter infeccioso? Deveria o acrónimo da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, ASAE, passar a ser ASAH (Autoridade de Segurança Alimentar e Hospitalar)? O problema de fundo é o de sempre, a parte Económica (se é que me entendem).

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