terça-feira, abril 18, 2006

Último dia

Último dia em Lisboa.
Manhã passada no laboratório, entre tubos, plantas e despedidas.
Vou sentir a falta dele.
Ao fim da tarde, no cabeleireiro, olho-me no espelho e vejo-me… vermelha e algo inchada na cara. Assustei-me, o que era aquilo? Resultado de ter estado a chorar por causa das despedidas da tarde?! Não, não fico assim por chorar, ainda que estas tivessem sido as piores despedias de sempre. Fui para casa com o meu novíssimo corte, jantei, voltei a olhar para o espelho, estava pior. Não pensei duas vezes, disse: Vou ao Hospital. Lá fui, pela segunda vez, pelo mesmo motivo, no espaço de um mês, ao HospitalCUF Descobertas. Cheguei pelas 20:30. Tempo de espera: uma hora e meia. Fiquei à espera em pé, depois sentei-me, depois levantei-me, não queria acreditar que ia passar a minha última noite em Portugal no Hospital. Quando comecei a ter algumas dificuldades em respirar a coisa agravou-se. Fui chamada pouco tempo depois. Levei imediatamente uma injecção de cortisona e tomei um anti-alérgico. Mais uma vez tinha tido uma reacção alérgica ao medicamento que tinha tomado. Outra vez, no espaço de um mês. Esperei meia hora para ver como reagia à injecção. Pareceu-me que estava a melhorar. O médico receitou-me mais comprimidos e lá tive alta. Fui para casa, não sem antes passar pela farmácia, a mesma da última vez. Faltava-me arrumar umas coisas. Foi muito difícil manter-me acordada, conseguir raciocinar, responder às questões da minha mãe, que só queria ajudar. Um assunto “mal resolvido” não me deixava descansar, ainda que estivesse cheia de sono. Lá adormeci, cansada.

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